Partido avalia três nomes para concorrer: Ronaldo Cezar Coelho, Solange Amaral ou Arolde de Oliveira
Aliado de Dilma, Kassab oferecerá palanque no estado para Aécio Neves ou Eduardo Campos
Cássio Bruno
RIO - O presidente regional do PSD no Rio, Indio da Costa, anunciou nesta terça-feira que o partido terá candidato próprio ao governo fluminense em 2014. A legenda é da base aliada do governador Sérgio Cabral (PMDB), mas não apoiará a pré-candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Mesmo com a decisão, Costa afirma que o PSD não deixará os cargos que ocupa na administração de Cabral e do prefeito Eduardo Paes (PMDB).
Três nomes são os indicados pelo PSD para concorrer à sucessão de Cabral: o empresário, ex-banqueiro e ex-deputado federal Ronaldo Cezar Coelho, a ex-deputada federal Solange Amaral e o deputado federal Arolde de Oliveira. O partido também tenta convencer o deputado estadual Wagner Montes a disputar o Senado. Ex-vice na chapa de José Serra (PSDB) nas eleições presidenciais em 2010, Indio da Costa é pré-candidato a deputado federal.
Fundado em 2011 pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o PSD tem o objetivo de oferecer palanque no estado do Rio ao senador Aécio Neves (PSDB) ou ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), pré-candidatos à Presidência. Kassab, no entanto, mantém até o momento a aliança nacional com o PT da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição. Em São Paulo, ele e o prefeito Fernando Haddad (PT)estão em rota de colisão desde que foi deflagrada a operação contra um esquema de corrupção na prefeitura da capital paulista.
Por enquanto, Aécio Neves e Eduardo Campos não encontraram um nome para concorrer ao governo do Rio. O senador tucano, por exemplo, ofereceu a pré-candidatura ao treinador de vôlei Bernardinho. Já o governador pernambucano sondou o ator Marcos Palmeira e cantor e compositor Gilberto Gil.
No governo Cabral, o PSD ocupa a secretaria de Agricultura e Pecuária (Christino Áureo) e a secretaria de Trabalho e Renda (Sérgio Tavares Romay). Já na prefeitura de Paes, a legenda comanda a secretaria de Esportes e Lazer (com o próprio Indio da Costa) e a secretaria de Defesa do Consumidor (Solange Amaral).
- Uma coisa é o governo (Cabral) e o apoio às políticas públicas. A outra é o processo político. É hora do PSD mostrar a que veio - disse Indio da Costa, ex-deputado federal e relator do projeto de lei da Ficha Limpa.
Como O GLOBO mostrou no sábado, Kassab se irritou com Cabral porque o governador não teria cumprido um acordo de ajudar o PSD a formar uma bancada competitiva para deputado federal e, assim, ter mais tempo de TV no programa partidário. Indio da Costa chegou a pôr o cargo de secretário à disposição de Paes. O presidente regional do PSD minimizou a crise:
- Não há briga com o PMDB. Não tem ruptura. Mas não queremos que o PSD seja mais um partido satélite, sem protagonismo.
O PSD tem três deputados federais. Na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o partido possui nove deputados estaduais. Perde apenas para o PMDB, com 14. O líder do governo Cabral na Alerj é André Correa, do PSD.
Fonte: O Globo
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