Rogério Fisher
Uma das principais beneficiadas pelas manifestações que tomaram conta das ruas do País desde o meio do ano, movimento que provocou uma queda de popularidade da presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra Marina Silva (PSB) disse ter "certeza de que as mobilizações de junho vão ressurgir, colocando as coisas no seu devido termo".
A declaração de Marina foi dada na noite de anteontem a um grupo de jornalistas que a abordou após palestra sobre ambiente e sustentabilidade promovida pela rádio CBN, em Londrina, no norte do Paraná.
A previsão sobre a volta dos protestos ocorreu quando a ex-ministra comentava a possibilidade de uma nova polarização entre PT e PSDB nas eleições presidenciais do ano que vem.
Ela descartou a polarização e disse que quem poderá quebrá-la é a sociedade.
Marina, que recentemente ingressou no PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, depois de tentar, sem sucesso, o registro da Rede Sustentabilidade na Justiça Eleitoral, negou que já esteja em ritmo de campanha para a eleição de 2014. "Da minha parte, a campanha ainda não está na rua, mas, infelizmente, houve aqueles que a anteciparam", afirmou. Questionada sobre nomes, a ex-ministra se limitou a dizer: "Você sabe".
Chapa. Antes de encerrar a entrevista, que foi terminada abruptamente por Marina após poucos minutos de conversa com os jornalistas para uma sessão de fotos com correligionários, a ex-ministra comentou brevemente a formação da chapa do PSB para 2014. "Partimos do princípio que o candidato é ele", afirmou, referindo-se ao governador Eduardo Campos, que deixou a base aliada ao governo Dilma para se colocar como opção entre os presidenciáveis no ano que vem.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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