• Partido não será mais da base aliada, mas não fará oposição sistemática
Júnia Gama – O Globo
BRASÍLIA - A cúpula do PSB definiu ontem que adotará postura de independência em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff durante seu segundo mandato. Na reunião da Executiva Nacional do partido, foi acertado que a legenda não voltará a integrar a base aliada, mas também não irá para a oposição sistemática no Congresso. Nenhum filiado poderá ter cargos no governo Dilma e as decisões sobre votações serão tomadas pela cúpula do partido.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que se integrantes do partido aceitarem cargos no governo, a legenda tem "os remédios estatutários" para impedir. O ex-presidente do partido, Roberto Amaral, que assumiu o cargo logo após a morte de Eduardo Campos, não compareceu à reunião.
A posição independente não impedirá o partido de lançar um candidato próprio à presidência da Câmara com o apoio de partidos da oposição. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) vem trabalhando sua candidatura e já manteve conversas com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e com outros integrantes da cúpula tucana e do DEM para angariar apoios. Apesar disso, o partido não quer se confundir com a "oposição tradicional".
- Disputar a presidência da Câmara é uma escolha legítima porque temos posição de independência. E apoio não se recusa. Vamos manter nossa agenda propositiva programática que trabalhamos na campanha com Eduardo Campos - disse o senador Rodrigo Rollemberg, governador eleito do Distrito Federal.
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