• Presidente sofre derrotas no Supremo e no Congresso 5 dias após reforma ministerial para recuperar apoio
Dilma sofre novas derrotas em tribunais e no Congresso
* TCU reprova contas da presidente * STF barra tentativa de afastar relator * Falta de articulação adia votação de vetos
BRASÍLIA - Cinco dias depois de fazer uma reforma no ministério para tentar recompor sua base parlamentar e afastar o risco imediato de um processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff sofreu novas derrotas nesta quarta-feira (7), que põem em xeque a capacidade do governo de reagir à crise política e econômica.
O governo Dilma teve suas contas de 2014 reprovadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que apontou 12 irregularidades no balanço do ano passado, entre elas as chamadas pedaladas fiscais. As contas de Dilma agora serão encaminhadas ao Congresso, a quem cabe dar a palavra final sobre o assunto.
O Palácio do Planalto recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar suspender o julgamento no TCU e afastar o relator que conduziu o processo, ministro Augusto Nardes, mas a iniciativa não teve apoio do Supremo. A reprovação das contas no TCU, que é composto por nove ministros, foi por unanimidade.
O parecer do TCU dá aos defensores do impeachment de Dilma um argumento para reforçar sua petição, ainda sob análise na Câmara dos Deputados.
Também nesta quarta, fracassou a estreia dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) como articuladores políticos do governo. O Planalto não conseguiu garantir o quórum necessário para a votação dos vetos da presidente a vários projetos da chamada pauta-bomba, que aumentam gastos e ameaçam o equilíbrio fiscal.
A derrubada da sessão foi orquestrada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), numa demonstração de força apesar de estar acuado pelas investigações da Operação Lava Jato e pela revelação de contas bancárias atribuídas a ele pela Suíça.
Nenhum comentário:
Postar um comentário