Ricardo Brito e Isabela Bonfim – O Estado de S. Paulo
A base do presidente Michel Temer no Senado optou pelo silêncio e se esquivou de comentar publicamente a prisão preventiva de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas a avaliação reservada é de que o governo poderá sofrer um revés na agenda econômica no Congresso caso o deputado cassado faça uma delação premiada e implique integrantes do Executivo e do Legislativo.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e aliados – muitos dos quais investigados na Lava Jato – tentaram aparentar normalidade ao longo do dia. Nos bastidores, a aposta de aliados de Temer no Senado é de que uma eventual delação do expresidente da Câmara possa atingir, ao menos, ministros e a base que apoiava Cunha, em particular o Centrão. No Senado, a expectativa é de que não haja implicação de eventuais acusações, uma vez ele não é próximo a senadores do partido.
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