DEU EM O GLOBO
Tucano promete, se eleito, manter benefícios tributários ao polo industrial, além de investir em pesquisas ambientais
Paula Litaiff*
MANAUS. Em reunião com mais de cem empresários do Amazonas, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendeu para a Zona Franca de Manaus (ZFM) a perenidade do benefício tributário na região. Negando ser contrário ao projeto, Serra afirmou que "por muitos anos" adversários políticos "inventaram" a ideia de que ele queria extinguir a Zona Franca, e que, por isso, alguns trabalhadores e empresários criaram um conceito desfavorável a suas propostas.
- Existia um boato de que sou contra a Zona Franca. Foi muito importante esta vinda a Manaus para ver de perto o progresso da cidade e poder dizer a todos aqui que sou a favor desse desenvolvimento, mas de forma contínua, de forma perene.
Desde sua criação, na década de 60, a Zona Franca precisa passar por aprovação no Congresso Nacional a cada dez anos para permanecer com os benefícios tributários. Ao defender a continuidade do modelo econômico, o candidato recebeu muitos aplausos dos empresários e assessores do grupo Lideranças Empresariais (Lide), que reúne empresas com faturamento acima de R$100 milhões por ano.
No encontro, Serra criticou o aeroporto e o principal porto da região, a Estação Hidroviária de Manaus. Caso eleito, prometeu mudar o cenário:
- A estrutura do aeroporto pode ser considerada indecente, principalmente para uma cidade que vai ser uma das sedes da Copa em 2014.
O candidato criticou o contingenciamento de verbas feito pelo governo federal e afirmou que "dinheiro não falta" aos projetos de infraestrutura viária e portuária do Amazonas.
- O governo federal tem contingenciados mais de R$800 milhões de taxas das indústrias de Manaus, que deveriam ser investidos em obras de infraestrutura, como a construção de estradas e recuperação de vias e portos.
Ao ser indagado sobre políticas de combate ao desmatamento, Serra disse que a fiscalização de órgãos como o Ibama está sendo eficiente. E afirmou que, se eleito, vai aumentar os recursos para pesquisas e fomento da biotecnologia.
- É preciso compatibilizar a defesa do meio ambiente com o oferecimento de oportunidade econômica para as pessoas.
O tucano ressaltou que no Amazonas, assim como em outros estados da Região Norte, ainda faltam mais investimentos em pesquisas ambientais.
- Vou investir pesado em pesquisas para aproveitar a biodiversidade. Não é caro. Em São Paulo, investimos R$150 milhões na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a colocamos na dianteira.
Ontem também, José Serra visitou a fábrica da Moto Honda, no Distrito Industrial de Manaus.
(*) Especial para O GLOBO
Tucano promete, se eleito, manter benefícios tributários ao polo industrial, além de investir em pesquisas ambientais
Paula Litaiff*
MANAUS. Em reunião com mais de cem empresários do Amazonas, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, defendeu para a Zona Franca de Manaus (ZFM) a perenidade do benefício tributário na região. Negando ser contrário ao projeto, Serra afirmou que "por muitos anos" adversários políticos "inventaram" a ideia de que ele queria extinguir a Zona Franca, e que, por isso, alguns trabalhadores e empresários criaram um conceito desfavorável a suas propostas.
- Existia um boato de que sou contra a Zona Franca. Foi muito importante esta vinda a Manaus para ver de perto o progresso da cidade e poder dizer a todos aqui que sou a favor desse desenvolvimento, mas de forma contínua, de forma perene.
Desde sua criação, na década de 60, a Zona Franca precisa passar por aprovação no Congresso Nacional a cada dez anos para permanecer com os benefícios tributários. Ao defender a continuidade do modelo econômico, o candidato recebeu muitos aplausos dos empresários e assessores do grupo Lideranças Empresariais (Lide), que reúne empresas com faturamento acima de R$100 milhões por ano.
No encontro, Serra criticou o aeroporto e o principal porto da região, a Estação Hidroviária de Manaus. Caso eleito, prometeu mudar o cenário:
- A estrutura do aeroporto pode ser considerada indecente, principalmente para uma cidade que vai ser uma das sedes da Copa em 2014.
O candidato criticou o contingenciamento de verbas feito pelo governo federal e afirmou que "dinheiro não falta" aos projetos de infraestrutura viária e portuária do Amazonas.
- O governo federal tem contingenciados mais de R$800 milhões de taxas das indústrias de Manaus, que deveriam ser investidos em obras de infraestrutura, como a construção de estradas e recuperação de vias e portos.
Ao ser indagado sobre políticas de combate ao desmatamento, Serra disse que a fiscalização de órgãos como o Ibama está sendo eficiente. E afirmou que, se eleito, vai aumentar os recursos para pesquisas e fomento da biotecnologia.
- É preciso compatibilizar a defesa do meio ambiente com o oferecimento de oportunidade econômica para as pessoas.
O tucano ressaltou que no Amazonas, assim como em outros estados da Região Norte, ainda faltam mais investimentos em pesquisas ambientais.
- Vou investir pesado em pesquisas para aproveitar a biodiversidade. Não é caro. Em São Paulo, investimos R$150 milhões na Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e a colocamos na dianteira.
Ontem também, José Serra visitou a fábrica da Moto Honda, no Distrito Industrial de Manaus.
(*) Especial para O GLOBO
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