sábado, 21 de agosto de 2010

Serra aposta em estados onde PSDB é favorito

DEU NO ESTADO DE MINAS

Ivan Iunes

Brasília - O comando da campanha do PSDB à Presidência definiu como prioridade para as próximas semanas garantir os votos nos estados em que há chances claras de candidatos tucanos se elegerem governador. Assim, José Serra reforçará a agenda no Paraná, Pará, Goiás e São Paulo, considerados trincheiras mais fortes da oposição. A ideia é tentar estancar a queda de Serra nas pesquisas, amparando o tucano em candidaturas regionais bem avaliadas pelo eleitor.

Pela estratégia, os candidatos aos governos serviriam de motor para alavancar Serra nessas regiões. Nos locais em que existe rejeição maior a Lula, há a chance de crescermos. Lula foi ao Paraná, por exemplo, e o Osmar Dias (candidato do PDT ao governo paranaense) caiu 10 pontos. Ganharam Beto Richa (adversário tucano de Osmar) e Serra, aponta o coordenador da campanha tucana, Sérgio Guerra (PSDB-PE).

O Pará receberá a visita de Serra na segunda-feira, seguido por Paraná e Goiás. São Paulo, assim como Rio de Janeiro e Minas, é agenda semanal fixa. No Rio, os eventos se repetem religiosamente na Baixada Fluminense aos sábados. Serra já foi a Duque de Caxias e Nova Iguaçu nos últimos 20 dias. A rotina no estado tem como principal motivação a falta de palanque a governador e a crise constante com o DEM, maior aliado dos tucanos.

Outra polêmica foi a exibição da imagem de Lula que abriu o programa de quinta-feira. Os tucanos são acusados por petistas de tentar ludibriar o eleitor ao sugerir proximidade entre Lula e Serra. Para o PSDB, a imagem apenas tem o intuito de aproximar os currículos. Serra tem trajetória. Dilma, não. Além do mais, o eleitor está muito bem informado, sabe que Lula apoia a candidata do partido dele, aponta Guerra.

Em visita a Manaus, Serra aproveitou para criticar a adversária, que seria contrária ao fundo para preservação do meio ambiente em escala mundial, rejeitado no ano passado pela convenção do clima em Copenhague, na Dinamarca. O maior beneficiado seria o Brasil porque ele vai dar valor de mercado à preservação florestal. Devo dizer, sem qualquer veneno eleitoral, que Dilma era contrária a participar deste fundo.

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