DEU EM O GLOBO
Em nota, Erenice chama tucano de "aético e derrotado", critica imprensa e fala em "exploração político-eleitoral"
Chico de Gois
BRASÍLIA. Resguardada pelo presidente da República, a ministrachefe da Casa Civil, Erenice Guerra, subiu o tom que vinha adotando até anteontem para se defender das acusações de tráfico de influência contra seu filho, Israel Guerra, supostamente com sua participação.
No fim da tarde de ontem, depois de ter participado de uma reunião com o presidente Lula e integrantes da coordenação política do governo de manhã, na qual se discutiu a reação do Palácio do Planalto, a ministra divulgou uma nota atacando a imprensa, sobretudo a revista “Veja”, autora da denúncia, e qualificando o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de “aético e derrotado”.
Depois de informar, na nota, que pediu ao ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, e ao da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que investiguem a denúncia da revista — fato desnecessário, uma vez que os dois órgãos são autônomos —, Erenice afirma que a reportagem é a “mais desmentida e desmoralizada das matérias publicadas ao longo da história da imprensa brasileira”. E, sem citar o nome de Serra, ataca: “Chamo a atenção do Brasil para a impressionante e indisfarçável campanha de difamação que se inicia contra minha pessoa, minha vida e minha família, sem nada poupar, apenas em favor de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um fato novo que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado”, diz o texto.
E, demonstrando que partira para o ataque, finaliza: “Pois o fato novo está criado e diante dos olhos da nação: é minha disposição inabalável de enfrentar a mentira com a força da verdade e resoluta fé na Justiça de meu país, sem medo e sem ódio”.
Para Erenice, a divulgação da informação de que seu filho pratica tráfico de influência no governo se dá por uma questão de “exploração político-eleitoral” — mesmo discurso adotado tanto no governo como na campanha da petista Dilma Rousseff.
Ao partir para o ataque, Erenice chama para si a mira da oposição, que tem fustigado a candidata do PT à Presidência, tentando colar nela as acusações de quebra de sigilos fiscais e a de tráfico de influência praticado pelo filho da ministra, considerada braço-direito de Dilma.
Erenice procura se colocar como vítima da disputa eleitoral — a frase já foi utilizada pelo filho da ministra, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, na edição de ontem. No texto divulgado ontem, ela diz: “Lamento, sinceramente, que por conta da exploração político-eleitoral, mais que distorcer ou inventar fatos, se invista contra a honra alheia sem o menor pudor, sem qualquer respeito humano ou, no mínimo, com a total ausência de qualquer critério profissional ou ética jornalística.”
Em nota, Erenice chama tucano de "aético e derrotado", critica imprensa e fala em "exploração político-eleitoral"
Chico de Gois
BRASÍLIA. Resguardada pelo presidente da República, a ministrachefe da Casa Civil, Erenice Guerra, subiu o tom que vinha adotando até anteontem para se defender das acusações de tráfico de influência contra seu filho, Israel Guerra, supostamente com sua participação.
No fim da tarde de ontem, depois de ter participado de uma reunião com o presidente Lula e integrantes da coordenação política do governo de manhã, na qual se discutiu a reação do Palácio do Planalto, a ministra divulgou uma nota atacando a imprensa, sobretudo a revista “Veja”, autora da denúncia, e qualificando o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de “aético e derrotado”.
Depois de informar, na nota, que pediu ao ministro da Controladoria Geral da União (CGU), Jorge Hage, e ao da Justiça, Luiz Paulo Barreto, que investiguem a denúncia da revista — fato desnecessário, uma vez que os dois órgãos são autônomos —, Erenice afirma que a reportagem é a “mais desmentida e desmoralizada das matérias publicadas ao longo da história da imprensa brasileira”. E, sem citar o nome de Serra, ataca: “Chamo a atenção do Brasil para a impressionante e indisfarçável campanha de difamação que se inicia contra minha pessoa, minha vida e minha família, sem nada poupar, apenas em favor de um candidato aético e já derrotado, em tentativa desesperada da criação de um fato novo que anime aqueles a quem o povo brasileiro tem rejeitado”, diz o texto.
E, demonstrando que partira para o ataque, finaliza: “Pois o fato novo está criado e diante dos olhos da nação: é minha disposição inabalável de enfrentar a mentira com a força da verdade e resoluta fé na Justiça de meu país, sem medo e sem ódio”.
Para Erenice, a divulgação da informação de que seu filho pratica tráfico de influência no governo se dá por uma questão de “exploração político-eleitoral” — mesmo discurso adotado tanto no governo como na campanha da petista Dilma Rousseff.
Ao partir para o ataque, Erenice chama para si a mira da oposição, que tem fustigado a candidata do PT à Presidência, tentando colar nela as acusações de quebra de sigilos fiscais e a de tráfico de influência praticado pelo filho da ministra, considerada braço-direito de Dilma.
Erenice procura se colocar como vítima da disputa eleitoral — a frase já foi utilizada pelo filho da ministra, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, na edição de ontem. No texto divulgado ontem, ela diz: “Lamento, sinceramente, que por conta da exploração político-eleitoral, mais que distorcer ou inventar fatos, se invista contra a honra alheia sem o menor pudor, sem qualquer respeito humano ou, no mínimo, com a total ausência de qualquer critério profissional ou ética jornalística.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário