DEU EM O GLOBO
E-mail de consultor diz que funcionários da Agência de Inteligência acompanharam encontro com ex-diretor dos Correios
Roberto Maltchik e Geralda Doca
BRASÍLIA. Quatro dias depois de romper com a Capital, empresa de filho de Erenice Guerra que teria feito lobby junto ao BNDES, o consultor Rubnei Quícoli enviou uma mensagem aos sócios da EDRB, responsável pelo projeto, relatando a presença de dois supostos agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) numa reunião, em Brasília, com o ex-diretor de operações dos Correios Marco Antonio de Oliveira.
No e-mail, enviado em 6 de fevereiro de 2010 a Aldo Wagner e Marcelo Escarlassara, Quícoli relata como foi reunião, da qual teriam participado, além de Oliveira, um auxiliar identificado como Guilherme e agentes da Abin.
O encontro teria ocorrido no flat 3044 do Hotel Brasília Alvorada Towers, usado por Marco Antonio. Na conversa, segundo Quícoli, Oliveira desabafou sobre o estrago provocado pela negociação fracassada, irritando a então secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Quícoli cobrava aprovação de financiamento no BNDES para EDRB.
Segundo o e-mail, após 30 minutos de conversa escutando a choradeira de MA (Marco Antônio), apareceram no ambiente dois PF da Abin que (sic) estavam escondidos no banheiro do flat. Quícoli relata que os agentes teriam dito que estavam ali para me ouvir e não seria para prejudicar (a negociação).
Ao GLOBO, Quícoli disse ontem que a reunião ocorreu à noite, e que não conseguiu identificar os supostos agentes que acompanhavam a negociação com Oliveira: Estava escuro e minha preocupação maior era com o Marco Antonio e com o que estávamos conversando.
Quícoli afirmou que, mais tarde, o grupo foi ao encontro de Vinícius Castro, sobrinho de Oliveira e peça-chave do lobby dentro da Casa Civil. Nessa conversa, Vinícius teria reforçado que os dois vigias seriam agentes do serviço de inteligência. Vinícius pediu demissão na última segundafeira, após a revelação pela revista Veja de que ele estaria intermediando a renovação da licença da empresa de transporte de carga Master Top Airlines junto à Anac, mediante propina. A MTA nega a negociata.
Quícoli diz que foi numa das conversas no flat de Marco Antônio que o pedido de propina de R$ 5 milhões foi formalizado.
O dinheiro, segundo ele, iria para a campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) e de Hélio Costa (PMDB), candidato ao governo de Minas. Eles negam.
Oliveira confirmou as reuniões com Quícoli no flat, mas negou o pedido de propina e participação de agentes da Abin em uma das conversas. Em nota, a Abin informou que o assunto não aparenta se enquadrar nas atividades da agência e que jamais realizou qualquer tipo de trabalho de inteligência envolvendo as pessoas citadas.
E-mail de consultor diz que funcionários da Agência de Inteligência acompanharam encontro com ex-diretor dos Correios
Roberto Maltchik e Geralda Doca
BRASÍLIA. Quatro dias depois de romper com a Capital, empresa de filho de Erenice Guerra que teria feito lobby junto ao BNDES, o consultor Rubnei Quícoli enviou uma mensagem aos sócios da EDRB, responsável pelo projeto, relatando a presença de dois supostos agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) numa reunião, em Brasília, com o ex-diretor de operações dos Correios Marco Antonio de Oliveira.
No e-mail, enviado em 6 de fevereiro de 2010 a Aldo Wagner e Marcelo Escarlassara, Quícoli relata como foi reunião, da qual teriam participado, além de Oliveira, um auxiliar identificado como Guilherme e agentes da Abin.
O encontro teria ocorrido no flat 3044 do Hotel Brasília Alvorada Towers, usado por Marco Antonio. Na conversa, segundo Quícoli, Oliveira desabafou sobre o estrago provocado pela negociação fracassada, irritando a então secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra. Quícoli cobrava aprovação de financiamento no BNDES para EDRB.
Segundo o e-mail, após 30 minutos de conversa escutando a choradeira de MA (Marco Antônio), apareceram no ambiente dois PF da Abin que (sic) estavam escondidos no banheiro do flat. Quícoli relata que os agentes teriam dito que estavam ali para me ouvir e não seria para prejudicar (a negociação).
Ao GLOBO, Quícoli disse ontem que a reunião ocorreu à noite, e que não conseguiu identificar os supostos agentes que acompanhavam a negociação com Oliveira: Estava escuro e minha preocupação maior era com o Marco Antonio e com o que estávamos conversando.
Quícoli afirmou que, mais tarde, o grupo foi ao encontro de Vinícius Castro, sobrinho de Oliveira e peça-chave do lobby dentro da Casa Civil. Nessa conversa, Vinícius teria reforçado que os dois vigias seriam agentes do serviço de inteligência. Vinícius pediu demissão na última segundafeira, após a revelação pela revista Veja de que ele estaria intermediando a renovação da licença da empresa de transporte de carga Master Top Airlines junto à Anac, mediante propina. A MTA nega a negociata.
Quícoli diz que foi numa das conversas no flat de Marco Antônio que o pedido de propina de R$ 5 milhões foi formalizado.
O dinheiro, segundo ele, iria para a campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) e de Hélio Costa (PMDB), candidato ao governo de Minas. Eles negam.
Oliveira confirmou as reuniões com Quícoli no flat, mas negou o pedido de propina e participação de agentes da Abin em uma das conversas. Em nota, a Abin informou que o assunto não aparenta se enquadrar nas atividades da agência e que jamais realizou qualquer tipo de trabalho de inteligência envolvendo as pessoas citadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário