DEU EM O GLOBO
Dilma Rousseff defendeu o ex-assessor Ibanes Cássel, diretor da estatal EPE, e dono de empresa com negócios, com a Petrobras: "É especulação contra a maior empresa do Brasil". A Petrobras perdeu R$ 19 bi de valor em 4 dias.
Dilma defende ex-assessor sobre contratos com Petrobras
Candidata critica reportagem e diz que denúncias atrapalham a estatal
Maria Lima e Gerson Camarotti
BRASÍLIA. Ainda aparentemente abatida com a ida para o segundo turno, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), mostrou irritação ao ser indagada, ontem, a respeito de reportagem publicada no GLOBO que trata dos negócios do seu amigo e ex-assessor Ibanês César Cássel, diretor da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), com a Petrobras. Ela defendeu Cássel, que trabalhou em sua equipe na Secretaria de Energia do Rio Grande do Sul e hoje é diretor de Gestão Corporativa da EPE.
— Aquela matéria é ridícula! Em algum momento foram questionados ministros e empresários, como Luiz Fernando Furlan e Roberto Rodrigues? — reagiu Dilma, em referência, respectivamente, aos ex-ministros do Desenvolvimento e da Agricultura do primeiro mandato do governo Lula.
Confrontada com o fato de que o questionamento não se devia ao fato de Cássel ser sócio de uma empresa, mas sim porque essa empresa fez negócio com a Petrobras, ela não quis responder. Dilma disse ainda que é preciso ter muito cuidado com denúncias em período de campanha eleitoral.
— Tem que ter muito cuidado com esse tipo de matéria. Isso se chama especulação contra a maior empresa do Brasil — acusou a petista. — O fato de um exassessor ter uma empresa e participar do governo não é crime.
Olha, acessem o site da empresa que vocês vão ver que ela presta serviços para muitas empresas, inclusive órgãos da imprensa. Isso é uma denúncia? Ela voltou a demonstrar preocupação com os efeitos de denúncias como a que envolvem seu ex-assessor e a Petrobras em outro trecho da entrevista: — Tem que ter muito cuidado no período eleitoral com esse tipo de matéria. Eu fiquei sabendo que tem relatório de bancos relatando a possibilidade de uma futura matéria a esse respeito e não era a matéria do GLOBO — disse ela.
Mágoas não superadas
O PMDB baiano demonstrou, ontem, que não superou a mágoa pelo afastamento da ex-ministra Dilma Rousseff do partido no primeiro turno das eleições deste ano. Ela frustrou as expectativas peemedebistas pela formação de dois palanques na Bahia, provocando a rejeição de lideres do partido à sua candidatura. Em evento realizado ontem num hotel em Salvador, em que o partido declarou apoio à candidatura da ex-ministra neste segundo turno, a estrela foi o presidente nacional do partido e candidato a vice, Michel Temer.
— Nós prefeitos estamos constrangidos de pedir votos para Dilma depois de sermos apunhalados pelas costas — declarou o prefeito de Abaré, Delísio Oliveira. De acordo com ele, os líderes vão atender à orientação do partido, mas não o farão “com o coração”.
As palavras “traição” e “injustiça” foram repetidas em quase todos os discursos. O candidato derrotado ao governo baiano Geddel Vieira Lima deu o tom do que será a estratégia do partido neste segundo turno. De acordo com ele, apesar da mágoa pela campanha do primeiro turno, ele vai apoiar o projeto que representa ter Temer na Vice-Presidência.
Dilma Rousseff defendeu o ex-assessor Ibanes Cássel, diretor da estatal EPE, e dono de empresa com negócios, com a Petrobras: "É especulação contra a maior empresa do Brasil". A Petrobras perdeu R$ 19 bi de valor em 4 dias.
Dilma defende ex-assessor sobre contratos com Petrobras
Candidata critica reportagem e diz que denúncias atrapalham a estatal
Maria Lima e Gerson Camarotti
BRASÍLIA. Ainda aparentemente abatida com a ida para o segundo turno, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), mostrou irritação ao ser indagada, ontem, a respeito de reportagem publicada no GLOBO que trata dos negócios do seu amigo e ex-assessor Ibanês César Cássel, diretor da Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), com a Petrobras. Ela defendeu Cássel, que trabalhou em sua equipe na Secretaria de Energia do Rio Grande do Sul e hoje é diretor de Gestão Corporativa da EPE.
— Aquela matéria é ridícula! Em algum momento foram questionados ministros e empresários, como Luiz Fernando Furlan e Roberto Rodrigues? — reagiu Dilma, em referência, respectivamente, aos ex-ministros do Desenvolvimento e da Agricultura do primeiro mandato do governo Lula.
Confrontada com o fato de que o questionamento não se devia ao fato de Cássel ser sócio de uma empresa, mas sim porque essa empresa fez negócio com a Petrobras, ela não quis responder. Dilma disse ainda que é preciso ter muito cuidado com denúncias em período de campanha eleitoral.
— Tem que ter muito cuidado com esse tipo de matéria. Isso se chama especulação contra a maior empresa do Brasil — acusou a petista. — O fato de um exassessor ter uma empresa e participar do governo não é crime.
Olha, acessem o site da empresa que vocês vão ver que ela presta serviços para muitas empresas, inclusive órgãos da imprensa. Isso é uma denúncia? Ela voltou a demonstrar preocupação com os efeitos de denúncias como a que envolvem seu ex-assessor e a Petrobras em outro trecho da entrevista: — Tem que ter muito cuidado no período eleitoral com esse tipo de matéria. Eu fiquei sabendo que tem relatório de bancos relatando a possibilidade de uma futura matéria a esse respeito e não era a matéria do GLOBO — disse ela.
Mágoas não superadas
O PMDB baiano demonstrou, ontem, que não superou a mágoa pelo afastamento da ex-ministra Dilma Rousseff do partido no primeiro turno das eleições deste ano. Ela frustrou as expectativas peemedebistas pela formação de dois palanques na Bahia, provocando a rejeição de lideres do partido à sua candidatura. Em evento realizado ontem num hotel em Salvador, em que o partido declarou apoio à candidatura da ex-ministra neste segundo turno, a estrela foi o presidente nacional do partido e candidato a vice, Michel Temer.
— Nós prefeitos estamos constrangidos de pedir votos para Dilma depois de sermos apunhalados pelas costas — declarou o prefeito de Abaré, Delísio Oliveira. De acordo com ele, os líderes vão atender à orientação do partido, mas não o farão “com o coração”.
As palavras “traição” e “injustiça” foram repetidas em quase todos os discursos. O candidato derrotado ao governo baiano Geddel Vieira Lima deu o tom do que será a estratégia do partido neste segundo turno. De acordo com ele, apesar da mágoa pela campanha do primeiro turno, ele vai apoiar o projeto que representa ter Temer na Vice-Presidência.
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