DEU EM O GLOBO
Em resposta a Lula, tucano diz que PSDB não fará como PT, que criou o "Fora FHC" contra governo Fernando Henrique
CAETÉ (MG). Na primeira aparição pública desde a eleição de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência, o senador eleito Aécio Neves (PSDB) prometeu ontem fazer uma oposição “responsável e generosa com o país” ao novo governo, mas atenta na fiscalização das ações do Executivo.
— O presidente pode ficar tranquilo: ele não verá uma oposição como a que o PT fez em relação ao governo Fernando Henrique, propondo o “Fora FHC” ou votando contra matérias relevantes, como o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal — ironizou.
Na quarta-feira, o presidente Lula havia dado um recado à oposição, pedindo que não agisse de forma raivosa em relação à sua sucessora no cargo.
Aécio preferiu não falar sobre candidatura em 2014
Aécio se esquivou de perguntas sobre se teria intenção de disputar as eleições em 2014. Mas sinalizou o que seriam os primeiros passos para a viabilização de uma candidatura tucana nos próximos anos: fortalecer o partido e atrair para sua órbita lideranças políticas dos estados onde o PSDB teve um mau desempenho nas eleições, principalmente no Nordeste.
— Em pelo menos dez estados brasileiros, o PSDB é frágil do ponto de vista regional.
Nós temos um período para atrair forças políticas em torno de uma visão nova de Brasil —afirmou ele.
Ao ser perguntado se o fato de José Serra ter trocado a palavra “adeus” por um “até logo” no discurso de encerramento da campanha atrapalhava eventuais planos dele de chegar à Presidência, Aécio adotou um tom conciliador: — Sempre haverá espaço para uma figura da sua dimensão política (referindo-se a Serra).
Foi um guerreiro, defendeu com bravura as nossas bandeiras e deve deixar essa campanha com a cabeça erguida.
Logo depois, alfinetou Serra por ele ter oficializado a candidatura à Presidência apenas a quatro meses das eleições, em uma disputa “que já se mostrava muito difícil”.
— Não podemos novamente deixar para o início do processo nacional a difusão das nossas ideias — observou.
Aécio se refere às propostas que encontraram guarida em setores dos quais o PSDB se achava distante, até a eleição.
Eleitores que deram ao candidato do partido 43,7 milhões de votos. O ex-governador mineiro sugeriu uma receita para mantê-los próximos. Entre outras coisas, citou que é preciso que o partido tenha um bom desempenho nos estados que governará, e mantenha uma sintonia muito fina com a representação no Congresso Nacional. Também mencionou que o PSDB deve se empenhar em fazer as reforma política e tributária para reduzir a carga de impostos. E ainda atuar em prol da profissionalização do setor público e do fortalecimento de estados e municípios.
Para Aécio, é necessário que o PSDB deixe claro para os eleitores qual é sua visão de país: — Externar para as pessoas, a partir de agora, quais são aquela diferenças fundamentais que temos de visão de Brasil, de modelo de gestão.
Adversários no campo ideológico, como o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), lançam o nome de Aécio como líder da oposição e postulante à Presidência do Senado. Para Aécio, ainda é cedo: — Não me autoproclamo líder de absolutamente nada.
Aécio não quis alimentar a briga entre tucanos mineiros e paulistas. Citou Tancredo Neves, com frases como “derrotas devem ser esquecidas rapidamente, para que as atenções e energias se voltem para as teses que defendemos”. No início da tarde de ontem, Aécio levou o governador eleito Antônio Anastasia (PSDB) ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Grande BH, para agradecer pelo resultado das eleições. Aécio mantém a tradição do avô Tancredo, que repetia o ritual de visitar o templo antes e depois das eleições. Chamados ao altar, Aécio e Anastasia comungaram de joelhos, lado a lado.
Em resposta a Lula, tucano diz que PSDB não fará como PT, que criou o "Fora FHC" contra governo Fernando Henrique
CAETÉ (MG). Na primeira aparição pública desde a eleição de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência, o senador eleito Aécio Neves (PSDB) prometeu ontem fazer uma oposição “responsável e generosa com o país” ao novo governo, mas atenta na fiscalização das ações do Executivo.
— O presidente pode ficar tranquilo: ele não verá uma oposição como a que o PT fez em relação ao governo Fernando Henrique, propondo o “Fora FHC” ou votando contra matérias relevantes, como o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal — ironizou.
Na quarta-feira, o presidente Lula havia dado um recado à oposição, pedindo que não agisse de forma raivosa em relação à sua sucessora no cargo.
Aécio preferiu não falar sobre candidatura em 2014
Aécio se esquivou de perguntas sobre se teria intenção de disputar as eleições em 2014. Mas sinalizou o que seriam os primeiros passos para a viabilização de uma candidatura tucana nos próximos anos: fortalecer o partido e atrair para sua órbita lideranças políticas dos estados onde o PSDB teve um mau desempenho nas eleições, principalmente no Nordeste.
— Em pelo menos dez estados brasileiros, o PSDB é frágil do ponto de vista regional.
Nós temos um período para atrair forças políticas em torno de uma visão nova de Brasil —afirmou ele.
Ao ser perguntado se o fato de José Serra ter trocado a palavra “adeus” por um “até logo” no discurso de encerramento da campanha atrapalhava eventuais planos dele de chegar à Presidência, Aécio adotou um tom conciliador: — Sempre haverá espaço para uma figura da sua dimensão política (referindo-se a Serra).
Foi um guerreiro, defendeu com bravura as nossas bandeiras e deve deixar essa campanha com a cabeça erguida.
Logo depois, alfinetou Serra por ele ter oficializado a candidatura à Presidência apenas a quatro meses das eleições, em uma disputa “que já se mostrava muito difícil”.
— Não podemos novamente deixar para o início do processo nacional a difusão das nossas ideias — observou.
Aécio se refere às propostas que encontraram guarida em setores dos quais o PSDB se achava distante, até a eleição.
Eleitores que deram ao candidato do partido 43,7 milhões de votos. O ex-governador mineiro sugeriu uma receita para mantê-los próximos. Entre outras coisas, citou que é preciso que o partido tenha um bom desempenho nos estados que governará, e mantenha uma sintonia muito fina com a representação no Congresso Nacional. Também mencionou que o PSDB deve se empenhar em fazer as reforma política e tributária para reduzir a carga de impostos. E ainda atuar em prol da profissionalização do setor público e do fortalecimento de estados e municípios.
Para Aécio, é necessário que o PSDB deixe claro para os eleitores qual é sua visão de país: — Externar para as pessoas, a partir de agora, quais são aquela diferenças fundamentais que temos de visão de Brasil, de modelo de gestão.
Adversários no campo ideológico, como o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), lançam o nome de Aécio como líder da oposição e postulante à Presidência do Senado. Para Aécio, ainda é cedo: — Não me autoproclamo líder de absolutamente nada.
Aécio não quis alimentar a briga entre tucanos mineiros e paulistas. Citou Tancredo Neves, com frases como “derrotas devem ser esquecidas rapidamente, para que as atenções e energias se voltem para as teses que defendemos”. No início da tarde de ontem, Aécio levou o governador eleito Antônio Anastasia (PSDB) ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Grande BH, para agradecer pelo resultado das eleições. Aécio mantém a tradição do avô Tancredo, que repetia o ritual de visitar o templo antes e depois das eleições. Chamados ao altar, Aécio e Anastasia comungaram de joelhos, lado a lado.
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