Diante da queda de braço em torno da convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para depor na CPI do Cachoeira, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, afirmou ontem que a briga tem potencial para chegar à Corte.
– Não quero opinar sobre esse tema, pois ele tem um potencial de judicialização. Não posso dizer que é provável, mas que tem potencial (para chegar ao STF), isso tem, então eu prefiro não falar - disse Ayres Britto.
Gurgel é criticado por petistas por não ter aberto investigação contra o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) em 2009, quando recebeu os grampos de conversas telefônicas de Carlinhos Cachoeira.
Colegas de Ayres Britto, os ministros Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa passaram a defender Gurgel por considerar os ataques uma forma fragilizá-lo antes do julgamento do mensalão.
Em passagem por Porto Alegre ontem, Mendes afirmou que há "segmentos políticos que não estão interessados no julgamento" do mensalão. Para ele, o caso tem tratamento normal na Corte.
– Não há pressa nem precipitação. A denúncia foi recebida em 2007 e a instrução criminal se encerrou ano passado. O tribunal está fazendo da forma adequada.
FONTE: ZERO HORA (RS)
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