PT e PSDB esperam apoio do PSB na disputa pela Presidência e cortejam governador de Pernambuco
Socialista tem se cacifado para concorrer ao Palácio do Planalto
Guilherme Reis
Dando mostras de que pode se tornar candidato à Presidência da República em 2014, o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, acumulou capital político o bastante para viabilizar seu próprio nome e ser cortejado por Dilma (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB). Para não terem Campos como adversário, uma das saídas para o PT e o PSDB, além de contemplar a legenda dele, seria oferecer a vaga de vice em suas chapas.
Para o PT, o problema seria como realocar o PMDB e Michel Temer (PMDB), atual vice de Dilma. Para Aécio, uma aliança com Campos não seria problema e lhe daria mais representatividade.
Caso Eduardo Campos resolva fazer um voo solo, várias possibilidades se abrem para Aécio Neves, que está, gradualmente, consolidando seu nome como candidato da oposição. Os tucanos, de acordo com informações de pessoas ligadas ao partido, não acreditam que Campos será um aliado e já mapeiam nomes para a vaga de vice de Aécio.
Uma das possibilidades seria convidar um representante da política nordestina, região em que o governador de Pernambuco e o PT, por herança de Lula, são fortes. Os cotados seriam o senador pelo Rio Grande do Norte e presidente nacional do DEM, Agripino Maia, e o ex-deputado federal pela Bahia Zé Carlos Aleluia.
O próprio Agripino ignora essa especulação. "É mera cogitação. Os candidatos estão, primeiro, viabilizando seus nomes com seus partidos. Se Aécio vai querer um vice nordestino é da opinião dele, eu não entro nessa questão", analisa o parlamentar.
Outra opção seria o ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab. O comandante da legenda em Minas Gerais, Paulo Safady, não acredita que isso vá acontecer, mas não descarta. "A tendência é que, na esfera federal, continuemos com a Dilma. Mas não sei o que pensa Kassab sobre isso".
Mesmo o PSDB considerando que uma chapa puro-sangue não seja a ideal, um dos nomes sob análise da legenda é o do prefeito de Blumenau (Santa Catarina), Napoleão Bernardes (PSDB).
Para o PT, se Eduardo Campos se tornar candidato à Presidência, sua situação seria mais cômoda. O partido não precisará se indispor com o PMDB. O vice-presidente Michel Temer seria uma certeza. "Temer será vice novamente. Ele tem contribuído para a governabilidade", afirma o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT).
Fonte: O Tempo (MG)
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