Por Fernando Taquari – Valor Econômico
SÃO PAULO - A aprovação do governo Dilma Rousseff voltará a subir e atingirá a taxa de 30% em 2018. O aumento da popularidade da gestão petista, no entanto, não deve ser suficiente para fazer o sucessor na próxima eleição, mesmo que o candidato seja o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A análise foi feita pelo instituto Ipsos Public Affairs, que ontem divulgou uma retrospectiva dos últimos 10 anos da pesquisa Pulso Brasil, que acompanha as tendências político-econômicas e sociais do país.
O diretor-gerente do Ipsos, Dorival Mata-Machado, levou em conta as projeções de melhora nos indicadores econômicos para os próximos anos para apostar que o governo deve recuperar parte da popularidade. Com 30% de aprovação, afirmou Machado, as chances de fazer o sucessor são de 3%. "O cenário não muda com Lula. Até porque ele não vai romper com o PT ou Dilma. Sua imagem continuará associada aos dois".
Pelo levantamento realizado pelo instituto em setembro, com 1,2 mil pessoas, a administração da presidente é aprovada por 8% da população. Outros 82% rejeitam o governo. "A volta de velhos fantasmas, como inflação e desemprego, ajuda a explicar a baixa aprovação", disse.
A pesquisa mostrou que de 2014 para cá cresceu de 25% para 36% a percepção dos que consideram as questões econômicas como as mais urgentes a serem resolvidas. A corrupção também subiu de 5% para 14%, enquanto que temas sociais caíram de 68% para 48%.
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