Coluna do Estadão | O Estado de S. Paulo
PT e PSB negociam acordos regionais para tentar garantir a reeleição dos seus governadores em Minas e Pernambuco. O pacto passa pelo PSB desistir de lançar a candidatura de Marcio Lacerda ao governo mineiro para apoiar o petista Fernando Pimentel. Em troca, o PT abriria mão de disputar os governos de Pernambuco e da Paraíba. Nesses Estados, o partido apoiaria a reeleição do governador Paulo Câmara e de João Azevêdo, respectivamente, ambos do PSB. Para isso, o PT limaria a candidatura de Marília Arraes e não lançaria nome próprio na PB.
Na mesa. Paulo Câmara (PSB) e Pimentel (PT) jantaram, ontem, em Pernambuco. O prato principal foi o acordão em torno da reeleição dos dois. A maior dificuldade é o PT convencer Marília Arraes a desistir da candidatura. O movimento será de cima para baixo.
Chama reforço. Dirigentes do PSB acham que tirar Marcio Lacerda da disputa será mais fácil. A ele será oferecida vaga de senador na chapa de Pimentel. Outra alternativa é o PSB indicá-lo como vice na chapa do presidenciável Ciro Gomes (PDT).
O novo. Guilherme Afif, que diz ter recebido dos deputados federais do PSD sinal verde para manter a candidatura ao Planalto, é contra a tese de nome único do centro. “Seria a união do status quo.” Além disso, “MDB, PSDB e DEM têm a marca da Lava Jato, o que o eleitor rejeita”, afirma.
Diferença. Lembrado de que o presidente do seu partido, Gilberto Kassab, também é alvo da Lava Jato, Afif responde: “Mas ele não é candidato”. O presidenciável diz que sua candidatura dará ao partido uma marca. “Senão vira tudo chinês.”
Pra você. Convidado para um churrasco ontem na casa do deputado Heráclito Fortes (DEM-PI), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), só soube que Michel Temer iria quando perguntou sobre o vinho. Heráclito separou duas garrafas especiais para o presidente da República.
Foi recado. O encontro de Maia e Temer um dia depois de o presidente da Câmara se reunir com a bancada do PSDB tinha um propósito: mostrar que os dois estão unidos.
Queridinho. Henrique Meirelles virou o candidato ao Planalto preferido das bancadas do MDB no Congresso. Forte motivo: Ele financia a própria campanha e libera o fundo partidário.
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