Ciro tem 11%, Alckmin, 8%, e Marina, 5%; rejeição ao candidato do PSL passou de 42% para 46%
Amenos de duas semanas da eleição, o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, parou de crescer e se manteve com 28% das intenções de voto. Seu principal adversário, Fernando Haddad (PT), subiu três pontos porcentuais e chegou a 22%, aponta pesquisa Ibope/Estado/TV Globo. A estabilização de Bolsonaro ocorre no momento em que se intensificam os ataques de adversários, principalmente de Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT), e de grupos organizados em redes sociais. Desde o último dia 11, data em que Haddad foi oficializado candidato do PT, a vantagem do líder na corrida presidencial sobre ele caiu de 18 pontos porcentuais para 6. Ciro tem 11% das preferências, mesma taxa da pesquisa anterior do Ibope. Alckmin oscilou de 7% para 8%. Marina Silva (Rede) passou de 6% para 5%. A rejeição a Bolsonaro passou de 42% para 46% em uma semana. Depois aparecem Haddad (30%), Marina (25%), Alckmin (20%) e Ciro (18%).
Bolsonaro Estaciona em 28% e Haddad vai a 22%
Daniel Bramatti e Cecília do Lago | O Estado de S. Paulo
A pouco menos de duas semanas da eleição, o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, parou de crescer e se manteve com 28% das intenções de voto, enquanto seu principal adversário, Fernando Haddad (PT), subiu mais três pontos porcentuais e chegou a 22%. Os dados são de pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada ontem.
A estabilização de Bolsonaro ocorre em um momento em que se intensificam os ataques de adversários, principalmente de Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT).
Desde o dia 11 de setembro, data em que Haddad foi oficializado como candidato do PT, a vantagem do líder na corrida presidencial sobre ele caiu de 18 pontos porcentuais para 6. O petista é agora o único presidenciável que apresenta tendência de alta em toda a série de cinco pesquisas Ibope divulgadas desde 20 de agosto.
Além de se aproximar do líder, Haddad ampliou a vantagem sobre Ciro, o terceiro colocado, de 8 para 11 pontos porcentuais. O pedetista tem 11% das preferências, mesma taxa da pesquisa anterior do Ibope, divulgada na terça-feira passada.
O tucano Geraldo Alckmin oscilou um ponto para cima, de 7% para 8%. Marina passou de 6% para 5%, mantendo a trajetória de queda iniciada no começo do mês, quando chegou a ter 12%.
Depois de uma trégua e de aumento de visibilidade causados pela facada de que foi vítima, em 6 de setembro, o candidato do PSL voltou a ser atacado por adversários em eventos de campanha e na propaganda eleitoral. Bolsonaro também é alvo de movimentos nas redes sociais.
Na semana passada, o tucano usou seu programa para acusar Bolsonaro de planejar “um tiro” na classe média e nos pobres – referência à proposta de recriação da CPMF para tributar operações financeiras. A medida foi citada por Paulo Guedes, principal assessor econômico do candidato do PSL, em um encontro com investidores. Alckmin também associou a polarização entre PT e Bolsonaro ao “risco de o Brasil se tornar uma Venezuela”. Ciro Gomes, em evento de campanha em Goiânia, chamou o líder das pesquisas de “nazista”.
Segmentos. Bolsonaro está na frente em todas as regiões do País, com exceção do Nordeste, onde Haddad tem o dobro de sua taxa de intenção de votos (34% a 17%). Em termos geográficos, a principal mudança em relação à pesquisa anterior aconteceu na Região Sul, onde o petista subiu de 11% para 19%, enquanto seu principal adversário caiu de 38% para 30%.
A rejeição a Bolsonaro passou de 42% para 46% em uma semana. A seguir no ranking da rejeição – parcela do eleitorado que diz não votar no candidato de jeito nenhum – aparecem Haddad (30%), Marina (25%), Alckmin (20%) e Ciro (18%).
A pesquisa capta os efeitos de três semanas de propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Também registra os efeitos de quase duas semanas da troca de Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Lava Jato – por Fernando Haddad na cabeça da chapa petista. A candidatura de Lula foi indeferida pela Justiça Eleitoral, com base na Lei da Ficha Limpa. Ele foi condenado em duas instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro.
O Ibope foi às ruas entre os dias 22 e 23 de setembro. Foram entrevistadas 2.506 pessoas em 178 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95% – ou seja, há 95% de chance de os resultados refletirem o atual momento eleitoral.
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