DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Julia Duailibi, Christiane Samarco e Ana Paula Scinocca
Ideia de tucanos é evitar shows e longos discursos de políticos locais e apostar nas entrevistas de Serra para rádios e televisões
O PSDB começa a esboçar o perfil da campanha do pré-candidato do partido à Presidência, José Serra, com novo formato que contemple menos comícios e mais inserções na mídia regional. A ideia é evitar shows e longos discursos de políticos locais e apostar nas entrevistas para rádios e televisões e palestras em sindicatos e associações.
Na avaliação de tucanos e aliados, esse tipo de campanha é mais compatível com o perfil de Serra e tem eficácia maior, principalmente se o candidato tratar de temas e problemas locais. "Vamos dar desdobramento regional aos temas", afirmou o senador Sérgio Guerra, que será coordenador da campanha e é atual presidente nacional do PSDB.
"Comício vira um pouco de torcida. Esse outro formato se adapta a Serra, inclusive pelo estilo dele", afirmou o presidente do PPS, Roberto Freire, que participou ontem com Guerra e o presidente do DEM, Rodrigo Maia, de reunião com marqueteiro Luiz Gonzalez para alinhar o discurso da campanha de Serra.
Desde o começo da semana, Serra concedeu três entrevistas a rádios e a uma emissora de televisão. Hoje desembarca à tarde em Salvador, onde haverá nova investida na mídia local. Ontem mesmo deu entrevistas por telefone à Rádio Sociedade, de Salvador, e ao Programa Geraldo Freire, na Rádio Jornal, do Recife. Entre outros temas, aproveitou para reforçar sua disposição de manter e aprimorar o Bolsa-Família, tema especialmente sensível no Nordeste.
O comando do PSDB decidiu improvisar duas viagens rápidas ao Nordeste - a segunda está prevista para amanhã, a Maceió - com o objetivo de preencher a agenda do tucano até a abertura oficial da pré-campanha, segunda-feira, em Minas.
As viagens nesta fase de pré-campanha servirão para inaugurar, segundo integrantes da equipe do tucano, esse novo formato, com visitas rápidas que estabeleçam vinculo com a sociedade local.
A ideia é fugir do padrão desgastado das reuniões fechadas entre aliados. O tucanato quer estimular a criação de uma outra cultura política que renda mais dividendos eleitorais para Serra Brasil afora.
Surpresa. Até o anfitrião desta terça-feira, deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), foi surpreendido com a escolha de Salvador para abrir o roteiro de visitas. Ele e o pré-candidato do DEM a governador, Paulo Souto, estão organizando uma programação de rua e de contatos com entidades da sociedade civil e com a mídia local, mas sem alarde.
Até o início da noite de ontem, Serra não confirmara a viagem a Alagoas. O Estado é o único em que o tucano venceu o presidente Lula nos dois turnos da eleição de 2002. "É o único Estado nordestino em que ele está à frente da Dilma", diz o governador Teotônio Vilela. "Todos os levantamentos de todos os institutos que já fizeram pesquisa de intenção de voto aqui registram essa dianteira."
O ex-governador de Minas Aécio Neves pediu tempo para montar uma programação que possa traduzir a força política e o empenho do tucanato mineiro - e dele próprio - para dar vitória ao PSDB na corrida presidencial.
O pré-candidato e os articuladores tucanos concordaram, mas não querem perder uma semana no imobilismo. Em vez de aguardar pela agenda mineira, Serra decidiu começar o giro pelas duas capitais nordestinas onde há paz na aliança e palanque forte garantido.
Discurso comum. Na reunião de ontem, os tucanos e aliados montaram uma espécie de força-tarefa para unificar o discurso de oposição e dar musculatura à pré-candidatura de Serra.
Os tucanos querem evitar o fantasma de 2006, quando o então candidato ao Planalto pelo PSDB, Geraldo Alckmin, foi bombardeado por ataques da campanha petista e ficou sem defesa entre os aliados, que resistiam a se posicionar publicamente contra a candidatura à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Tucanos que atuaram na campanha de 2006 contam que era um esforço praticamente inócuo conseguir auxílio de aliados nos Estados que respondessem aos ataques feitos ao candidato.
O encontro de ontem definiu uma linha de ação conjunta da oposição em Brasília. O objetivo é que os parlamentares do PSDB, DEM e PPS formem essa força-tarefa que encabeçará as críticas ao governo federal e a defesa de Serra, de modo que as respostas aos ataques não fiquem dependendo só do candidato ou do coordenador.
Julia Duailibi, Christiane Samarco e Ana Paula Scinocca
Ideia de tucanos é evitar shows e longos discursos de políticos locais e apostar nas entrevistas de Serra para rádios e televisões
O PSDB começa a esboçar o perfil da campanha do pré-candidato do partido à Presidência, José Serra, com novo formato que contemple menos comícios e mais inserções na mídia regional. A ideia é evitar shows e longos discursos de políticos locais e apostar nas entrevistas para rádios e televisões e palestras em sindicatos e associações.
Na avaliação de tucanos e aliados, esse tipo de campanha é mais compatível com o perfil de Serra e tem eficácia maior, principalmente se o candidato tratar de temas e problemas locais. "Vamos dar desdobramento regional aos temas", afirmou o senador Sérgio Guerra, que será coordenador da campanha e é atual presidente nacional do PSDB.
"Comício vira um pouco de torcida. Esse outro formato se adapta a Serra, inclusive pelo estilo dele", afirmou o presidente do PPS, Roberto Freire, que participou ontem com Guerra e o presidente do DEM, Rodrigo Maia, de reunião com marqueteiro Luiz Gonzalez para alinhar o discurso da campanha de Serra.
Desde o começo da semana, Serra concedeu três entrevistas a rádios e a uma emissora de televisão. Hoje desembarca à tarde em Salvador, onde haverá nova investida na mídia local. Ontem mesmo deu entrevistas por telefone à Rádio Sociedade, de Salvador, e ao Programa Geraldo Freire, na Rádio Jornal, do Recife. Entre outros temas, aproveitou para reforçar sua disposição de manter e aprimorar o Bolsa-Família, tema especialmente sensível no Nordeste.
O comando do PSDB decidiu improvisar duas viagens rápidas ao Nordeste - a segunda está prevista para amanhã, a Maceió - com o objetivo de preencher a agenda do tucano até a abertura oficial da pré-campanha, segunda-feira, em Minas.
As viagens nesta fase de pré-campanha servirão para inaugurar, segundo integrantes da equipe do tucano, esse novo formato, com visitas rápidas que estabeleçam vinculo com a sociedade local.
A ideia é fugir do padrão desgastado das reuniões fechadas entre aliados. O tucanato quer estimular a criação de uma outra cultura política que renda mais dividendos eleitorais para Serra Brasil afora.
Surpresa. Até o anfitrião desta terça-feira, deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA), foi surpreendido com a escolha de Salvador para abrir o roteiro de visitas. Ele e o pré-candidato do DEM a governador, Paulo Souto, estão organizando uma programação de rua e de contatos com entidades da sociedade civil e com a mídia local, mas sem alarde.
Até o início da noite de ontem, Serra não confirmara a viagem a Alagoas. O Estado é o único em que o tucano venceu o presidente Lula nos dois turnos da eleição de 2002. "É o único Estado nordestino em que ele está à frente da Dilma", diz o governador Teotônio Vilela. "Todos os levantamentos de todos os institutos que já fizeram pesquisa de intenção de voto aqui registram essa dianteira."
O ex-governador de Minas Aécio Neves pediu tempo para montar uma programação que possa traduzir a força política e o empenho do tucanato mineiro - e dele próprio - para dar vitória ao PSDB na corrida presidencial.
O pré-candidato e os articuladores tucanos concordaram, mas não querem perder uma semana no imobilismo. Em vez de aguardar pela agenda mineira, Serra decidiu começar o giro pelas duas capitais nordestinas onde há paz na aliança e palanque forte garantido.
Discurso comum. Na reunião de ontem, os tucanos e aliados montaram uma espécie de força-tarefa para unificar o discurso de oposição e dar musculatura à pré-candidatura de Serra.
Os tucanos querem evitar o fantasma de 2006, quando o então candidato ao Planalto pelo PSDB, Geraldo Alckmin, foi bombardeado por ataques da campanha petista e ficou sem defesa entre os aliados, que resistiam a se posicionar publicamente contra a candidatura à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Tucanos que atuaram na campanha de 2006 contam que era um esforço praticamente inócuo conseguir auxílio de aliados nos Estados que respondessem aos ataques feitos ao candidato.
O encontro de ontem definiu uma linha de ação conjunta da oposição em Brasília. O objetivo é que os parlamentares do PSDB, DEM e PPS formem essa força-tarefa que encabeçará as críticas ao governo federal e a defesa de Serra, de modo que as respostas aos ataques não fiquem dependendo só do candidato ou do coordenador.
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