DEU EM O GLOBO
Tucano aproveitou para pedir votos na festa de economista; petista dançou o vira
Bruno Villas Bôas e Flávio Tabak
Adversários na política, os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rouseff (PT) sentaram-se anteontem à mesma mesa, no Rio, no aniversário de 80 anos da economista Maria da Conceição Tavares. Por 40 minutos, os dois estiveram lado a lado, separados pela aniversariante.
Dilma e Serra disseram ter tratado apenas de amenidades, dadas as circunstâncias do encontro, organizado na Casa do Minho, clube de origem portuguesa no bairro do Cosme Velho.
À exceção de uma ligeira conversa entre Serra e excompanheiros de exílio, a festa não ganhou ares eleitorais. Conceição estava tão alegre que até puxou um trenzinho com os convidados. Ela só saiu da festa às 2h, com fôlego de sobra para mais uma rodada de conversas com amigos e ex-alunos em sua casa.
Segundo um convidado que participou da roda entre Serra e os colegas de exílio, o tucano teria perguntado: “Vocês vão votar em mim, né?”. Serra teria emendado: “O meu governo vai ser mais à esquerda que o da Dilma. Controlo minha turma, não sei se ela vai controlar o PMDB”. Quando os pré-candidatos levantaram-se para uma foto ao lado da decana, os cerca de 70 convidados aplaudiram.
Serra chegou às 20h45m e saiu às 22h, antes da apresentação do grupo de dança portuguesa Rancho Folclórico Maria da Fonte. Dilma aceitou o convite de um integrante e dançou o vira, assim como a própria Conceição, que nasceu em Portugal.
Ao sair da festa, Dilma, ex-aluna da economista, disse aos jornalistas que o encontro com o adversário foi amistoso: — Foi muito bom encontrar o Serra.
Sempre tivemos uma relação cordial, amigável.
(A conversa) foi mais social, é um ambiente que propicia isso.
Serra, que não quis falar sobre o naufrágio da pré-candidatura de Ciro Gomes (PSB), seguiu no mesmo tom: — Foi uma conversa normal.
Tenho uma relação cordial com ela (Dilma). Fui um dos primeiros a chegar, fiquei lá com a Conceição.
Disse a ela que tudo o que queria era estar do jeito que ela está com a idade dela.
De vestido verde-esmeralda longo, com um bolero rendado da mesma cor, Conceição chegou por volta das 20h30m. A aniversariante dançou muito. O parabéns ocorreu pouco antes da meia-noite.
Também houve apresentação do grupo de percussão dos netos Leon e Ivan. Eles vestiram a camisa do Vasco, time de Conceição. Ela ganhou a nova camisa do clube com seu nome impresso e o número 80.
Na lista de convidados, ex-alunos e colegas como Luiz Gonzaga Belluzzo (presidente do Palmeiras), Jorge Mattoso (expresidente da Caixa), Vladimir Palmeira, o ex-prefeito do Rio Saturnino Braga, a ministra Nilcéa Freire (Secretaria de Políticas para as Mulheres), entre outros.
— Foi uma festa ótima, com muitos amigos.
Só houve polêmica quando o assunto foi futebol. Falamos de tudo, mas não de política. Pra quê? — disse Conceição.
Tucano aproveitou para pedir votos na festa de economista; petista dançou o vira
Bruno Villas Bôas e Flávio Tabak
Adversários na política, os pré-candidatos à Presidência José Serra (PSDB) e Dilma Rouseff (PT) sentaram-se anteontem à mesma mesa, no Rio, no aniversário de 80 anos da economista Maria da Conceição Tavares. Por 40 minutos, os dois estiveram lado a lado, separados pela aniversariante.
Dilma e Serra disseram ter tratado apenas de amenidades, dadas as circunstâncias do encontro, organizado na Casa do Minho, clube de origem portuguesa no bairro do Cosme Velho.
À exceção de uma ligeira conversa entre Serra e excompanheiros de exílio, a festa não ganhou ares eleitorais. Conceição estava tão alegre que até puxou um trenzinho com os convidados. Ela só saiu da festa às 2h, com fôlego de sobra para mais uma rodada de conversas com amigos e ex-alunos em sua casa.
Segundo um convidado que participou da roda entre Serra e os colegas de exílio, o tucano teria perguntado: “Vocês vão votar em mim, né?”. Serra teria emendado: “O meu governo vai ser mais à esquerda que o da Dilma. Controlo minha turma, não sei se ela vai controlar o PMDB”. Quando os pré-candidatos levantaram-se para uma foto ao lado da decana, os cerca de 70 convidados aplaudiram.
Serra chegou às 20h45m e saiu às 22h, antes da apresentação do grupo de dança portuguesa Rancho Folclórico Maria da Fonte. Dilma aceitou o convite de um integrante e dançou o vira, assim como a própria Conceição, que nasceu em Portugal.
Ao sair da festa, Dilma, ex-aluna da economista, disse aos jornalistas que o encontro com o adversário foi amistoso: — Foi muito bom encontrar o Serra.
Sempre tivemos uma relação cordial, amigável.
(A conversa) foi mais social, é um ambiente que propicia isso.
Serra, que não quis falar sobre o naufrágio da pré-candidatura de Ciro Gomes (PSB), seguiu no mesmo tom: — Foi uma conversa normal.
Tenho uma relação cordial com ela (Dilma). Fui um dos primeiros a chegar, fiquei lá com a Conceição.
Disse a ela que tudo o que queria era estar do jeito que ela está com a idade dela.
De vestido verde-esmeralda longo, com um bolero rendado da mesma cor, Conceição chegou por volta das 20h30m. A aniversariante dançou muito. O parabéns ocorreu pouco antes da meia-noite.
Também houve apresentação do grupo de percussão dos netos Leon e Ivan. Eles vestiram a camisa do Vasco, time de Conceição. Ela ganhou a nova camisa do clube com seu nome impresso e o número 80.
Na lista de convidados, ex-alunos e colegas como Luiz Gonzaga Belluzzo (presidente do Palmeiras), Jorge Mattoso (expresidente da Caixa), Vladimir Palmeira, o ex-prefeito do Rio Saturnino Braga, a ministra Nilcéa Freire (Secretaria de Políticas para as Mulheres), entre outros.
— Foi uma festa ótima, com muitos amigos.
Só houve polêmica quando o assunto foi futebol. Falamos de tudo, mas não de política. Pra quê? — disse Conceição.
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