DEU NO VALOR ECONÔMICO
Porto Alegre - Quase seis meses depois de o Congresso Nacional ter aprovado o ingresso da Venezuela no Mercosul, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, manifestou-se contrário à entrada daquele país no bloco do Cone Sul. Para o tucano, o ingresso da Venezuela no grupo, por razões eminentemente "políticas", seria uma "insensatez". O ingresso da Venezuela no Mercosul só aguarda a aprovação pelo parlamento do Paraguai para ser concretizado.
Em palestra na Federação das Associações Comerciais da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul), Serra Serra voltou a fazer críticas ao Mercosul, que, segundo ele; sequer conseguiu consolidar a etapa de estabelecimento de uma zona de livre comércio. O tucano afirmou que essa deve ser a prioridade do bloco - e não a meta "irrealista" de criação de uma união aduaneira - e defendeu a introdução de um mecanismo que garanta pesos diferentes para os países-membros, de acordo com as dimensões da economia de cada um.
Na apresentação a mais de 300 convidados fez críticas ao governo do PT, lembrou de iniciativas que adotou quando foi ministro na gestão Fernando Henrique Cardoso e procurou demonstrar familiaridade com a economia gaúcha.
A apresentação agradou os presentes ao almoço. A avaliação mais comum foi a de que Serra demonstra "competência administrativa" e - ao contrário da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff - uma boa experiência eleitoral. Mesmo assim, um executivo, que pediu anonimato, disse que o desempenho da petista no Estado pode "surpreender" devido aos problemas enfrentados pelo governo da tucana Yeda Crusius, alvo de denúncias de corrupção.
O pré-candidato afirmou ainda que no governo Lula as agências reguladoras foram "loteadas" entre os aliados do PT e que num eventual governo dele "deputado não indica diretor de empresa, secretário nem subsecretário". Para ele, o Brasil precisa "recuperar a ideia de planejamento a médio e longo prazo" e a "batalha permanente" pela redução de custos no setor público "saiu de moda nacionalmente".
Depois de atacar a carga tributária e as taxas de juros, Serra disse que as empresas gaúchas, fortemente exportadoras, sofrem com o câmbio valorizado. Ele também afirmou que o Brasil carece de política de desenvolvimento para "microrregiões problemáticas como o sul e o sudeste do Rio Grande do Sul". Segundo o tucano, quando foi ministro do Planejamento, ele promoveu a "descentralização" da indústria automotiva. (SB)
Porto Alegre - Quase seis meses depois de o Congresso Nacional ter aprovado o ingresso da Venezuela no Mercosul, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, manifestou-se contrário à entrada daquele país no bloco do Cone Sul. Para o tucano, o ingresso da Venezuela no grupo, por razões eminentemente "políticas", seria uma "insensatez". O ingresso da Venezuela no Mercosul só aguarda a aprovação pelo parlamento do Paraguai para ser concretizado.
Em palestra na Federação das Associações Comerciais da Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul), Serra Serra voltou a fazer críticas ao Mercosul, que, segundo ele; sequer conseguiu consolidar a etapa de estabelecimento de uma zona de livre comércio. O tucano afirmou que essa deve ser a prioridade do bloco - e não a meta "irrealista" de criação de uma união aduaneira - e defendeu a introdução de um mecanismo que garanta pesos diferentes para os países-membros, de acordo com as dimensões da economia de cada um.
Na apresentação a mais de 300 convidados fez críticas ao governo do PT, lembrou de iniciativas que adotou quando foi ministro na gestão Fernando Henrique Cardoso e procurou demonstrar familiaridade com a economia gaúcha.
A apresentação agradou os presentes ao almoço. A avaliação mais comum foi a de que Serra demonstra "competência administrativa" e - ao contrário da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff - uma boa experiência eleitoral. Mesmo assim, um executivo, que pediu anonimato, disse que o desempenho da petista no Estado pode "surpreender" devido aos problemas enfrentados pelo governo da tucana Yeda Crusius, alvo de denúncias de corrupção.
O pré-candidato afirmou ainda que no governo Lula as agências reguladoras foram "loteadas" entre os aliados do PT e que num eventual governo dele "deputado não indica diretor de empresa, secretário nem subsecretário". Para ele, o Brasil precisa "recuperar a ideia de planejamento a médio e longo prazo" e a "batalha permanente" pela redução de custos no setor público "saiu de moda nacionalmente".
Depois de atacar a carga tributária e as taxas de juros, Serra disse que as empresas gaúchas, fortemente exportadoras, sofrem com o câmbio valorizado. Ele também afirmou que o Brasil carece de política de desenvolvimento para "microrregiões problemáticas como o sul e o sudeste do Rio Grande do Sul". Segundo o tucano, quando foi ministro do Planejamento, ele promoveu a "descentralização" da indústria automotiva. (SB)
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