DEU EM O GLOBO
No horário eleitoral, José Serra tenta separar Lula e Dilma. O programa de TV mostrou o tucano com Lula, chamado de líder, e diz que a petista não tem vivência. O jingle de rádio acusa Dilma de se apropriar do que Lula fez.
Na TV, Serra tenta separar Lula de Dilma
Tucano mostra imagens de proximidade com o presidente, e programa diz que candidata petista não tem "vivência"
Maiá Menezes e Paulo Marqueiro
O presidenciável tucano José Serra iniciou ontem seu programa de TV, no horário eleitoral gratuito, ao lado do presidente Lula. Três imagens dos dois, em momentos distintos, compuseram cenário para texto do locutor, que fez associação clara entre as trajetórias dos dois. O tucano tentou separar Lula da candidata petista Dilma Rousseff: enquanto colava Serra ao presidente, o programa do PSDB na TV criticou Dilma pela primeira vez:
- Serra é o homem mais preparado para comandar o Brasil. Serra tem a vivência que Dilma não tem. Um presidente com coragem para enfrentar e vencer desafios - afirmou o locutor logo no início do programa.
Mostra três imagens: Lula no ombro dele; outra, numa mesa conversando; e a terceira, com eles em diálogo.
O programa comparou a experiência de Serra à de Lula, exibindo momentos de proximidade entre os dois. As imagens registravam situações de bom relacionamento entre os dois: numa das cenas, os dois cochichavam; em outra, cumprimentavam-se com um toque no ombro; e em uma terceira conversavam durante um evento.
- Serra e Lula, dois homens de história, dois líderes experientes. Serra foi ministro, prefeito, governador. Fez a maior expansão do metrô. Agora vai ampliar o metrô em todas as capitais. Fez o Rodoanel, maior obra viária do Brasil. Agora vai melhorar as estradas em todo o país. Foi o melhor ministro da Saúde do Brasil. Agora vai fazer as policlínicas, novos hospitais, mais remédios - disse o locutor.
Os jingles de Serra, usados nos dois programas de estreia, sumiram do segundo. Um deles era um sambinha cujo refrão dizia: "Depois que o Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá." O outro era uma paródia de "Bate, coração", de Cecéu, sucesso na voz de Elba Ramalho. Apesar de a voz ser parecidíssima com a da cantora, Elba divulgou nota anteontem informando não ter gravado o jingle. A polêmica favela cenográfica, onde foi gravado o clipe do samba, também não foi incluída no programa de ontem. O tratamento de "Zé" foi deixado de lado no horário eleitoral tucano da TV ontem.
Mais uma vez, o tucano centrou seu programa na área de Saúde. O desempenho de Serra como ministro foi usado como mote para a abordagem de um tema que também vem mobilizando a campanha petista: o aumento do consumo de crack no país. O locutor afirma que, depois do "bem-sucedido tratamento de Aids", o combate à droga surge como o novo desafio do país:
- Você que está em casa pode achar que nada tem a ver com isso. Hoje no Brasil tem mais gente viciada em crack do que a população de seis cidades brasileiras. O pior é que não tem prevenção, não tem tratamento - disse Serra, numa crítica à atual política do governo para o setor.
Repleto de depoimentos, o programa apresenta jovens que foram viciados em crack. Segundo dados apresentados pelo programa, mais de 600 mil pessoas usam a droga no país.
Programa de Marina muda, depois de críticas
A campanha petista repetiu ontem o programa de Dilma exibido na terça-feira à tarde, que mostrava a trajetória da candidata como secretária de Fazenda de Porto Alegre, secretária das Minas e Energia do Rio Grande do Sul e ministra de Lula. Num tom emocional, ela falou de sua relação com a família.
O programa de Marina Silva (PV), que no primeiro dia se dedicou a falar das consequências das mudanças climáticas, ontem finalmente apresentou a candidata. Simpatizantes de Marina interpretavam a candidata lendo trechos de sua história. Uma das críticas ao programa é que ele tinha dedicado pouco tempo à candidata.
No horário eleitoral, José Serra tenta separar Lula e Dilma. O programa de TV mostrou o tucano com Lula, chamado de líder, e diz que a petista não tem vivência. O jingle de rádio acusa Dilma de se apropriar do que Lula fez.
Na TV, Serra tenta separar Lula de Dilma
Tucano mostra imagens de proximidade com o presidente, e programa diz que candidata petista não tem "vivência"
Maiá Menezes e Paulo Marqueiro
O presidenciável tucano José Serra iniciou ontem seu programa de TV, no horário eleitoral gratuito, ao lado do presidente Lula. Três imagens dos dois, em momentos distintos, compuseram cenário para texto do locutor, que fez associação clara entre as trajetórias dos dois. O tucano tentou separar Lula da candidata petista Dilma Rousseff: enquanto colava Serra ao presidente, o programa do PSDB na TV criticou Dilma pela primeira vez:
- Serra é o homem mais preparado para comandar o Brasil. Serra tem a vivência que Dilma não tem. Um presidente com coragem para enfrentar e vencer desafios - afirmou o locutor logo no início do programa.
Mostra três imagens: Lula no ombro dele; outra, numa mesa conversando; e a terceira, com eles em diálogo.
O programa comparou a experiência de Serra à de Lula, exibindo momentos de proximidade entre os dois. As imagens registravam situações de bom relacionamento entre os dois: numa das cenas, os dois cochichavam; em outra, cumprimentavam-se com um toque no ombro; e em uma terceira conversavam durante um evento.
- Serra e Lula, dois homens de história, dois líderes experientes. Serra foi ministro, prefeito, governador. Fez a maior expansão do metrô. Agora vai ampliar o metrô em todas as capitais. Fez o Rodoanel, maior obra viária do Brasil. Agora vai melhorar as estradas em todo o país. Foi o melhor ministro da Saúde do Brasil. Agora vai fazer as policlínicas, novos hospitais, mais remédios - disse o locutor.
Os jingles de Serra, usados nos dois programas de estreia, sumiram do segundo. Um deles era um sambinha cujo refrão dizia: "Depois que o Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá." O outro era uma paródia de "Bate, coração", de Cecéu, sucesso na voz de Elba Ramalho. Apesar de a voz ser parecidíssima com a da cantora, Elba divulgou nota anteontem informando não ter gravado o jingle. A polêmica favela cenográfica, onde foi gravado o clipe do samba, também não foi incluída no programa de ontem. O tratamento de "Zé" foi deixado de lado no horário eleitoral tucano da TV ontem.
Mais uma vez, o tucano centrou seu programa na área de Saúde. O desempenho de Serra como ministro foi usado como mote para a abordagem de um tema que também vem mobilizando a campanha petista: o aumento do consumo de crack no país. O locutor afirma que, depois do "bem-sucedido tratamento de Aids", o combate à droga surge como o novo desafio do país:
- Você que está em casa pode achar que nada tem a ver com isso. Hoje no Brasil tem mais gente viciada em crack do que a população de seis cidades brasileiras. O pior é que não tem prevenção, não tem tratamento - disse Serra, numa crítica à atual política do governo para o setor.
Repleto de depoimentos, o programa apresenta jovens que foram viciados em crack. Segundo dados apresentados pelo programa, mais de 600 mil pessoas usam a droga no país.
Programa de Marina muda, depois de críticas
A campanha petista repetiu ontem o programa de Dilma exibido na terça-feira à tarde, que mostrava a trajetória da candidata como secretária de Fazenda de Porto Alegre, secretária das Minas e Energia do Rio Grande do Sul e ministra de Lula. Num tom emocional, ela falou de sua relação com a família.
O programa de Marina Silva (PV), que no primeiro dia se dedicou a falar das consequências das mudanças climáticas, ontem finalmente apresentou a candidata. Simpatizantes de Marina interpretavam a candidata lendo trechos de sua história. Uma das críticas ao programa é que ele tinha dedicado pouco tempo à candidata.
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