DEU NA FOLHA DE S. PAULO
Com o objetivo de reiterar o compromisso com a liberdade de expressão e a responsabilidade editorial, a ANJ (Associação Nacional de Jornais) anunciou ontem a criação de um conselho de autorregulamentação.
No Congresso Brasileiro de Jornais, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) assinaram a Declaração de Chapultepec, pela liberdade de expressão.
ANJ terá órgão de autorregulamentação
Entidade anuncia formação de conselho como forma de reiterar compromisso dos jornais com liberdade de expressão
Grupo, a ser oficializado nos próximos meses, terá sete membros e julgará casos que sejam a ele submetidos
DO RIO - A ANJ (Associação Nacional de Jornais) anunciou ontem a criação de um conselho de autorregulamentação como forma de reiterar o compromisso da entidade com a liberdade de expressão e com a responsabilidade editorial. O anúncio foi feito na abertura do 8º Congresso Brasileiro de Jornais, que termina hoje, no Windsor Barra Hotel, na zona oeste do Rio.
"Definimos conceitos básicos para o estabelecimento de um conselho de autorregulamentação, composto por sete membros, que julgará casos a ele submetidos", disse a presidente da ANJ, Judith Brito, diretora-superintendente do Grupo Folha.
"Nos próximos meses, nosso compromisso é o de detalhar o regulamento e os procedimentos para que este conselho seja designado e comece a atuar", afirmou.
Judith Brito acredita que até o final do ano o novo conselho esteja em funcionamento. Outros setores contam com entidades semelhantes. A publicidade brasileira, por exemplo, é autorregulada pelo Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), entidade não-governamental criada em 1978.
"Sabemos que muitos jornais já têm seus códigos de ética. A própria ANJ tem seu código. Agora, trata-se de avançar num modelo que permita debater e avaliar nossos erros, de forma transparente", disse.
Em discurso, a presidente da ANJ lembrou a "decisão histórica" do Supremo Tribunal Federal de, em abril de 2009, acabar com a Lei de Imprensa, definida por ela como "legislação antidemocrática com o objetivo de limitar a circulação de informações e opiniões, impondo um ambiente obscurantista para a sociedade".
"Os jornais não querem se isentar da responsabilidade que obviamente têm em suas funções de informar. Em nenhum momento propusemos impunidade, mas apenas nos defendemos contra a intolerável censura prévia", declarou Judith Brito.
A presidente da ANJ afirmou que a entidade é parceira das escolas de jornalismo, incentivando-as a serem "modelo de qualidade na formação humanística", e disse que as empresas só têm a ganhar com profissionais oriundos das boas escolas.
Mas a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, exigência também derrubada pelo STF, era um "claro embaraço à liberdade de expressão e era natural sua revogação", afirmou.
PUBLICIDADE
Alguns dos debates do congresso discutiram o caminho da publicidade em jornais. A conclusão é que a publicidade em jornais impressos continuará prevalecendo e há espaço para seu crescimento, mas as empresas que produzem conteúdo jornalístico precisam buscar modelos de negócios que viabilizem suas operações em novas mídias digitais.
Com o objetivo de reiterar o compromisso com a liberdade de expressão e a responsabilidade editorial, a ANJ (Associação Nacional de Jornais) anunciou ontem a criação de um conselho de autorregulamentação.
No Congresso Brasileiro de Jornais, Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) assinaram a Declaração de Chapultepec, pela liberdade de expressão.
ANJ terá órgão de autorregulamentação
Entidade anuncia formação de conselho como forma de reiterar compromisso dos jornais com liberdade de expressão
Grupo, a ser oficializado nos próximos meses, terá sete membros e julgará casos que sejam a ele submetidos
DO RIO - A ANJ (Associação Nacional de Jornais) anunciou ontem a criação de um conselho de autorregulamentação como forma de reiterar o compromisso da entidade com a liberdade de expressão e com a responsabilidade editorial. O anúncio foi feito na abertura do 8º Congresso Brasileiro de Jornais, que termina hoje, no Windsor Barra Hotel, na zona oeste do Rio.
"Definimos conceitos básicos para o estabelecimento de um conselho de autorregulamentação, composto por sete membros, que julgará casos a ele submetidos", disse a presidente da ANJ, Judith Brito, diretora-superintendente do Grupo Folha.
"Nos próximos meses, nosso compromisso é o de detalhar o regulamento e os procedimentos para que este conselho seja designado e comece a atuar", afirmou.
Judith Brito acredita que até o final do ano o novo conselho esteja em funcionamento. Outros setores contam com entidades semelhantes. A publicidade brasileira, por exemplo, é autorregulada pelo Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), entidade não-governamental criada em 1978.
"Sabemos que muitos jornais já têm seus códigos de ética. A própria ANJ tem seu código. Agora, trata-se de avançar num modelo que permita debater e avaliar nossos erros, de forma transparente", disse.
Em discurso, a presidente da ANJ lembrou a "decisão histórica" do Supremo Tribunal Federal de, em abril de 2009, acabar com a Lei de Imprensa, definida por ela como "legislação antidemocrática com o objetivo de limitar a circulação de informações e opiniões, impondo um ambiente obscurantista para a sociedade".
"Os jornais não querem se isentar da responsabilidade que obviamente têm em suas funções de informar. Em nenhum momento propusemos impunidade, mas apenas nos defendemos contra a intolerável censura prévia", declarou Judith Brito.
A presidente da ANJ afirmou que a entidade é parceira das escolas de jornalismo, incentivando-as a serem "modelo de qualidade na formação humanística", e disse que as empresas só têm a ganhar com profissionais oriundos das boas escolas.
Mas a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista, exigência também derrubada pelo STF, era um "claro embaraço à liberdade de expressão e era natural sua revogação", afirmou.
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Alguns dos debates do congresso discutiram o caminho da publicidade em jornais. A conclusão é que a publicidade em jornais impressos continuará prevalecendo e há espaço para seu crescimento, mas as empresas que produzem conteúdo jornalístico precisam buscar modelos de negócios que viabilizem suas operações em novas mídias digitais.
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