Pré-candidato da coligação entre PSB e Rede à presidência da República, o governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) criticou o plano energético anunciado pelo governo esta semana que destinou emergencialmente R$ 12 bilhões ao setor. Para Campos, o governo atual põe em risco as conquistas dos últimos anos.
"O setor energético brasileiro é algo com que devemos nos preocupar", afirmou Campos durante discurso no seminário regional da coligação, no Rio de Janeiro. Campos citou a redução do preço de mercado da Petrobras nos últimos anos e o que considera falta de atenção do governo com o setor do etanol. De acordo com ele, o mercado futuro de energia mostra bem o tamanho da dificuldade que o país passa no setor energético.
"Em três anos a Petrobras teve seu valor reduzido à metade. E claro que isso deve ser discutido", afirmou. "Se erra na mão, se desestrutura um setor, aí se descobre que dá para arrumar R$ 12 bilhões, mas não tem para creches para que as crianças construam sua cidadania", criticou. "Ao mesmo tempo a gente olha para parques eólicos no Nordeste que estão prontos mas não têm a ligação à rede energética", criticou. "Isso exige de nós coragem para fazer o debate. E nós vamos ter a coragem que a Marina [Silva] tratou aqui", afirmou.
Campos criticou ainda campanhas baseadas em marketing que "escondem o sujinho para baixo do tapete" e afirmou que sua coligação busca por todo o Brasil aglutinar boas ideias para a construção de seu programa. Segundo ele, quando o PSB e o Rede pedem debate de conteúdo, incomodam muita gente. "Esse incômodo nós não vamos poupar à presidente da República."
Ele ainda fez referências aos protestos de junho. Para ele, a frustração da população com os rumos do país levou muitos brasileiros às ruas naquela ocasião.
Fonte:: G1.com
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