Manifestantes da oposição prometeram permanecer nas ruas até que Maduro renuncie
Diego Ore - Reuters
CARACAS - Dois venezuelanos morreram por ferimentos causados por tiros durante os protestos contra o presidente socialista Nicolas Maduro, disseram testemunhas e a mídia local no sábado, elevando o número de mortes em quase dois meses de protestos contra o governo para 33.
Manifestantes da oposição que se queixam de aumento dos preços e escassez de produtos prometeram permanecer nas ruas até que Maduro renuncie, apesar de haver poucos sinais de que a pior onda de protestos no país em uma década irá forçá-lo a sair do cargo.
Argenis Hernandez, 26 anos, foi baleado no abdômen quando estava protestando perto de uma barricada no centro da cidade de Valência e morreu na manhã de sábado em um hospital próximo, de acordo com relatos da mídia local.
Um motociclista tentou atravessar a barricada e atirou contra os manifestantes quando eles não o deixavam passar, ferindo Hernandez.
O motorista Wilfredo Rey, 31, morreu na sexta-feira à noite depois de ser baleado na cabeça durante um confronto entre manifestantes e pistoleiros encapuzados na cidade ocidental de San Cristobal, de acordo com moradores do bairro onde ocorreu o incidente. Rey não estava envolvido nos protestos, disseram.
Protestos de rua da oposição começaram em fevereiro contra o aumento dos preços ao consumidor, a escassez de produtos e criminalidade desenfreada. Eles se intensificaram depois que três pessoas foram mortas em 12 de fevereiro, no centro de Caracas.
As manifestações, desde então, têm variado de marchas pacíficas a confrontos violentos entre a polícia e manifestantes encapuzados atirando pedras e coquetéis molotov.
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