• Além do PMDB, já apresentaram nomes PSOL, Rede, PR, PRB, PSDB e PSD
Marcelo Remigio - O Globo
Não está sendo fácil para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, pavimentar o caminho do secretário municipal executivo de Coordenação de Governo, Pedro Paulo Carvalho, até a prefeitura do Rio em 2016. Para tentar contornar as repercussões do caso que envolveu Pedro Paulo, Paes precisou negociar a pré-candidatura de seu braço-direito dentro do seu partido, o PMDB. O secretário disputou a indicação com o deputado estadual Rafael Picciani, hoje à frente da Secretaria municipal de Transportes. O acordo com a família Picciani, liderada pelo presidente da legenda e da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), Jorge Picciani, prevê que Rafael fique com a vaga de vice. Jorge Picciani ainda deverá indicar nomes para o governo.
Apesar do bom relacionamento público, Paes e Jorge Picciani travam uma disputa interna por espaço no partido. Hoje, Picciani comanda os órgãos municipais Rio Luz e Parque e Jardins na administração de Paes. Segundo caciques peemedebistas, para uma candidatura prosperar na legenda tem de ter a bênção do presidente da Alerj. Um dos desejos do deputado seria controlar também a Secretaria de Educação.
As negociações de pré-campanha ultrapassaram os limites do partido, e Eduardo Paes teve de recorrer a um acordo com o PSB. A legenda, até então, lançaria o nome do senador Romário a prefeito em 2016. Dentro da velha política de loteamento de pastas, o prefeito do Rio ofereceu a Romário a Secretaria de Esporte e Lazer em troca da desistência do senador. O órgão seria mantido com o PSB e o grupo de Romário num eventual governo de Pedro Paulo.
— O acordo foi feito com “porteira fechada” (quando todos os cargos são ocupados pelo partido que indicou o titular da pasta). Mas nem todos os cargos já foram ocupados pelo PSB. Paes está autorizando aos poucos, uma forma de manter o partido em sua base — afirma um deputado estadual que integra a Executiva Regional do PMDB. — Paes quer reeditar a coligação, que somou quase 20 partidos. Mas, para isso, vai ter de cumprir acordos. Muitos partidos pequenos reclamam que não são atendidos de pronto.
Disputa com campeões de votos
Pedro Paulo terá de enfrentar conhecidos campeões de voto na corrida pela sucessão de Paes. Deputado estadual, Marcelo Freixo (PSOL) lançou sua pré-candidatura no fim de semana passado, seguindo os passos do senador Marcelo Crivella (PRB), que disputará novamente a prefeitura do Rio. O pré-candidato do PRB apresentou seu nome bem antes de Freixo, em maio, durante a convenção da Executiva Nacional do partido, em Brasília.
Outros dois nomes fortes na disputa são a deputada federal Clarissa Garotinho, do PR, e o também deputado federal Alessandro Molon. Ele deixou o PT e se filiou à Rede. Já Clarissa, que alcançou a segunda maior votação no Rio para a Câmara, é cotada no PR devido ao seu poderio eleitoral, embora não seja uma unanimidade na legenda. Ela chegou a ser cortejada pelo PSDB para a disputa.
Os tucanos ainda estudam nomes. Entre os prováveis está o do deputado federal Otavio Leite. O PSD aposta na précandidatura do deputado Indio da Costa. A executiva regional é próxima de Paes e avalia um acordo com o prefeito.
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