• Instituto Lula afirma que recursos são oriundos de atividades regulares
- O Globo
O Instituto Lula divulgou ontem nota em resposta à reportagem da “Época” sobre as movimentações financeiras do ex-presidente. Segundo a entidade, o tratamento dado ao relatório do Coaf pela reportagem não passa de uma construção de “ilações” e nada há de ilegal nas movimentações financeiras do ex-presidente. A nota não contesta os números do relatório.
“Os recursos são oriundos de atividades profissionais, legais e legítimas de quem não ocupa nenhum cargo público: os valores mencionados no vazamento ilegal se referem a 70 palestras contratadas por 41 empresas diferentes (...). Todas palestras realizadas, contabilizadas e com os devidos impostos pagos. Tem palestra até para a Infoglobo, do mesmo grupo de comunicação que edita a revista Época. (...) Fazer palestras para uma empresa não implica em nenhuma outra relação e é uma prestação de serviço pontual que mantém a total independência do ex-presidente em relação ao contratante”, diz a nota.
A Infoglobo, empresa que publica os jornais O GLOBO, “Extra” e “Expresso”, participa de iniciativas que contribuem para o desenvolvimento e a promoção do Rio de Janeiro. Em 2013, com esse objetivo, a empresa apoiou a Fecomércio-RJ na realização de um seminário sobre o mapa do comércio no Estado do Rio. Além de divulgar o evento em seus jornais, a Infoglobo arcou com os custos dos palestrantes, inclusive do ex-presidente Lula. A informação foi inclusive citada na nota divulgada ontem pelo Instituto Lula.
Palocci: dados caluniosos
Segundo a assessoria de imprensa de Antonio Palocci, a reportagem de “Época” traz informações mentirosas e caluniosas. O tema, diz a assessoria, já foi tratado pela revista em outras ocasiões, e os ganhos da Projeto Consultoria e de Antonio Palocci estão “clara e transparentemente registrados e sempre informados às autoridades competentes.”
Os advogados do governador Fernando Pimentel, Antônio Carlos de Almeida Castro e Pierpaolo Cruz Bottini, informaram que ele “apresentará todos os esclarecimentos assim que as informações mencionadas na mensagem forem disponibilizadas nos autos do inquérito”. A defesa disse desconhecer “a origem e o conteúdo dos documentos, ainda mantidos sob sigilo para as partes”. O GLOBO tentou contato ontem com o escritório de Erenice Guerra, mas as ligações não foram atendidas.
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