Agostinho da Silva, quer era lotado no gabinete de Flávio Bolsonaro, disse ao MP que dinheiro era aplicado no comércio de carros
- O Globo
Um ex-funcionário do gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) admitiu, a promotores do Ministério Público do estado (MP-RJ), que repassava mensalmente quase 60% de seu salário a Fabrício Queiroz, ex-assessor do agora senador. Em depoimento no dia 11 de janeiro, divulgado na quarta-feira pelo G1, Agostinho Moraes da Silva afirmou que os R$ 4 mil entregues a Queiroz (a quem chamou de “amigo”) eram aplicados na compra e venda de automóveis, negociação mais rentável para ele do que investimentos tradicionais em bancos.
Segundo Silva, o lucro mensal de 18% teria sido pago por Queiroz em espécie e as transações, não declaradas à Receita Federal. O salário líquido de Silva era de R$ 6 mil.
Queiroz é investigado pelo MP-RJ desde dezembro do ano passado, quando um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou que ele teria movimentado, de forma atípica, R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e o mesmo mês em 2017. Em entrevista ao SBT, o ex-assessor de Flávio atribuiu a entrada e a saída de dinheiro em sua conta ao comércio de automóveis. Queiroz é integrante da Polícia Militar, corporação da qual Agostinho Moraes da Silva ainda faz parte.
Em entrevista ao SBT, o ex-assessor de Flávio atribuiu a entrada e a saída de dinheiro em sua conta ao comércio de carros. Queiroz é integrante da Polícia Militar, corporação da qual Agostinho Moraes da Silva ainda faz parte.
Ontem, o jornal “O Estado de São Paulo” revelou novos trechos do depoimento de Silva. Ele disse aos investigadores que o retorno pago por Queiroz chegava a R$ 4,7 mil (cerca de R$ 700 de lucro) e era quitado em aproximadamente um mês após o repasse do salário. Silva ainda recebia R$ 8,5 mil líquidos como subtenente da PM.
Segundo o jornal, Silva não apresentou ao MP documentos que confirmassem as afirmações. No depoimento, afirmou que utilizava o que recebia de Queiroz para quitar, em dinheiro vivo, faturas de cartão de crédito e contas de condomínio de sua casa.
De acordo com o “Estadão”, Silva disse à promotoria não acreditar que Flávio tivesse conhecimento das atividades de Queiroz. E disse desconhecer a existência de funcionários fantasmas no gabinete.
No depoimento, Silva afirmou ainda que foi indicado para integrara equipe do gabinete por Queiroz, em 2007. As atividades que executava, segundo Silva, eram externas e não era obrigado a bater ponto. Os salários eram pagos integralmente a ele, conforme afirmou, e nunca repassados por obrigação “a quem quer que seja”. (Com G1).
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