“O
truque atual é capturar as instituições, esvaziá-las da sua autonomia, mas
deixá-las em pé. Assim, alguém pode dizer: mas estão lá as instituições
funcionando. A suposta “pacificação” de Bolsonaro não é respeito à autonomia e
à independência dos poderes. Ele quer proteção para ele, seus filhos, sua
família. Os parlamentares querem que a investigação de corrupção pare de
importuná-los, porque já não sabem mais onde enfiar dinheiro quando a Polícia
Federal chega. Diante de todos os sinais — e há muitos outros — só o desatento
dorme tranquilo com a democracia brasileira.”
*Míriam Leitão, jornalista. “Estado geral da democracia”, O Globo, 21/10/2020.
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