DEU EM O ESTADO DE S. PAULO
Para o presidenciável tucano, há ""problemas metodológicos"" nos levantamentos eleitorais e alguns institutos são ""alugados""
Angela Lacerda
O candidato tucano à Presidência, José Serra, desconsiderou ontem as pesquisas eleitorais que indicam sua adversária com mais de 10 pontos porcentuais de vantagem sobre ele.
"Acho que de fato há um empate técnico", afirmou.
Serra citou os institutos Vox Populi e CNT Sensus como "alugados" e, embora não destratando o Ibope e o Datafolha, disse que, "mesmo no caso dos outros, há problemas metodológicos". "Não tem nada mais errado no Brasil do que pesquisa", afirmou, ao lembrar de eleições cujos resultados foram diferentes do que indicavam as pesquisas. "Pesquisa é furada e isso no futuro vai ter de ser examinado."
Ele criticou o comportamento do presidente Lula na campanha e disse que no segundo turno ele "passou dos limites". Reiterou que Lula deixou de governar e "ficou todo jogado para eleger Dilma" como se fosse uma questão de poder pessoal. Destacou que ninguém consegue governar de fora e, se a candidata do PT for eleita, "vai ficar tudo na mão dela". "Não há no mundo nem na história do Brasil um exemplo desse tipo que tenha funcionado, um presidente largar o governo para eleger o sucessor e ficar governando na sombra."
Voltou a acusar o PT de fazer uma campanha baseada em mentiras contra ele e disse que o presidente Lula falta à verdade ao dizer que ele não dará continuidade ao que ele fez no governo federal. Para Serra, o presidente diz isso "por motivos puramente eleitorais", dentro "dessa cisma que tem de ganhar de qualquer maneira". "Ele sabe que vou continuar", disse.
Debate. O tucano lamentou que Dilma "não dê a devida importância ao Nordeste", por conta sua ausência no debate do primeiro turno para discutir a região, e no que estava programado para ontem na Bahia e foi cancelado diante da negativa da candidata em participar.
Sua assessoria distribuiu proposta para o semiárido nordestino, com diagnóstico, projetos e metas - que ele iria divulgar durante o debate cancelado. Entre as metas para 2020, a inclusão de 100% das famílias pobres do semiárido na rede de proteção social, 100% das residências com água de beber disponível, 100% de recuperação ambiental nas áreas de desertificação e redução em 80% da mortalidade infantil.
Serra garantiu não serem promessas de campanha, mas "anúncios", o aumento do salário mínimo para R$ 600 e o 13.º do Bolsa-Família. Sobre o futuro da economia, disse que o governo tem de estar de olho, "porque o Brasil está com um déficit no exterior que é o maior da história".
Para o presidenciável tucano, há ""problemas metodológicos"" nos levantamentos eleitorais e alguns institutos são ""alugados""
Angela Lacerda
O candidato tucano à Presidência, José Serra, desconsiderou ontem as pesquisas eleitorais que indicam sua adversária com mais de 10 pontos porcentuais de vantagem sobre ele.
"Acho que de fato há um empate técnico", afirmou.
Serra citou os institutos Vox Populi e CNT Sensus como "alugados" e, embora não destratando o Ibope e o Datafolha, disse que, "mesmo no caso dos outros, há problemas metodológicos". "Não tem nada mais errado no Brasil do que pesquisa", afirmou, ao lembrar de eleições cujos resultados foram diferentes do que indicavam as pesquisas. "Pesquisa é furada e isso no futuro vai ter de ser examinado."
Ele criticou o comportamento do presidente Lula na campanha e disse que no segundo turno ele "passou dos limites". Reiterou que Lula deixou de governar e "ficou todo jogado para eleger Dilma" como se fosse uma questão de poder pessoal. Destacou que ninguém consegue governar de fora e, se a candidata do PT for eleita, "vai ficar tudo na mão dela". "Não há no mundo nem na história do Brasil um exemplo desse tipo que tenha funcionado, um presidente largar o governo para eleger o sucessor e ficar governando na sombra."
Voltou a acusar o PT de fazer uma campanha baseada em mentiras contra ele e disse que o presidente Lula falta à verdade ao dizer que ele não dará continuidade ao que ele fez no governo federal. Para Serra, o presidente diz isso "por motivos puramente eleitorais", dentro "dessa cisma que tem de ganhar de qualquer maneira". "Ele sabe que vou continuar", disse.
Debate. O tucano lamentou que Dilma "não dê a devida importância ao Nordeste", por conta sua ausência no debate do primeiro turno para discutir a região, e no que estava programado para ontem na Bahia e foi cancelado diante da negativa da candidata em participar.
Sua assessoria distribuiu proposta para o semiárido nordestino, com diagnóstico, projetos e metas - que ele iria divulgar durante o debate cancelado. Entre as metas para 2020, a inclusão de 100% das famílias pobres do semiárido na rede de proteção social, 100% das residências com água de beber disponível, 100% de recuperação ambiental nas áreas de desertificação e redução em 80% da mortalidade infantil.
Serra garantiu não serem promessas de campanha, mas "anúncios", o aumento do salário mínimo para R$ 600 e o 13.º do Bolsa-Família. Sobre o futuro da economia, disse que o governo tem de estar de olho, "porque o Brasil está com um déficit no exterior que é o maior da história".
"Estamos pegando emprestado furiosamente do exterior ao contrario do que se diz", afirmou ele.
Com foguetório, percussão de maracatu empolgada e carro de som tocando suas músicas de campanha e bandeiras, José Serra liderou uma caminhada no final da tarde de ontem, na Rua da Imperatriz, no centro do Recife. Nenhum incidente foi registrado na caminhada.
Mobilização. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou que a campanha de Serra "não tem cartas na manga" nesta reta final. "Todas as peças estão articuladas, os Estados estão mobilizados, não há rigorosamente muita coisa a fazer", disse ele. "Apenas sustentar ao longo dos últimos três dias essa mobilização."
Com foguetório, percussão de maracatu empolgada e carro de som tocando suas músicas de campanha e bandeiras, José Serra liderou uma caminhada no final da tarde de ontem, na Rua da Imperatriz, no centro do Recife. Nenhum incidente foi registrado na caminhada.
Mobilização. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, afirmou que a campanha de Serra "não tem cartas na manga" nesta reta final. "Todas as peças estão articuladas, os Estados estão mobilizados, não há rigorosamente muita coisa a fazer", disse ele. "Apenas sustentar ao longo dos últimos três dias essa mobilização."
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