DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)
Oposições mostram força em caminhada para o tucano no Centro do Recife. O empurra-empurra, porém, causou tumulto e furtos foram registrados
Cecília Ramos e Daniel Guedes
A passagem do presidenciável José Serra (PSDB) pelo Centro do Recife, onde fechou sua nova visita ao Estado, ontem à tarde, surpreendeu positivamente o candidato e aliados, tamanha receptividade de populares na capital. Um “mar de gente” parou para ver, falar e tirar foto com o tucano. Por conta do assédio, ele acabou levando uma hora para percorrer a Rua da Imperatriz.
A falta de organização, porém, trouxe transtornos. O empurra-empurra foi grande e algumas pessoas, incluindo jornalistas e o filho do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), Jarbas Filho, tiveram objetos furtados. Em muitos momentos, barracas de comerciantes ameaçavam cair em meio à confusão.
A caminhada começou às 16h, da Rua do Hospício, e foi interrompida no meio do trajeto pelo próprio Serra, sem aviso prévio, às 17h. Antes de partir rumo ao aeroporto, o tucano subiu em um banquinho e falou de improviso. “Quem vai ganhar no domingo é o povo brasileiro”. Em coro, a militância bradou: “O povo não erra, o presidente é Serra!”.
O presidenciável entrou em uma van que já o aguardava na Rua da Aurora.
Estavam no veículo Jarbas, o senador Marco Maciel (DEM), o deputado Raul Jungmann (PPS). Ao longo do percurso, mal se podia enxergar Serra. Jornalistas e fotógrafos se acotovelavam. Os políticos que começaram a caminhada perto do tucano acabaram se afastado rapidamente.
A saída inesperada de Serra acabou frustrando políticos, militância e populares que aguardavam o candidato na Praça da Independência, o ponto final do trajeto. Havia um trio elétrico no local que serviria de palanque. Populares abordados pelo JC e até políticos não sabiam que o tucano não iria mais. Já no aeroporto, Serra disse ter levado muito tempo percorrendo a Rua da Imperatriz. Ele minimizou o tumulto no percurso. “Eu gosto, me solto. Não há risco de cair porque não há para onde cair. É sempre muito agradável a adesão das pessoas comuns”.
A assessoria de Serra informou que o ato foi interrompido pois ele precisava retornar às 17h30 a São Paulo. Antes de seguir viagem, Serra atendeu, no aeroporto, seis pastores, entre eles o bispo da Igreja Episcopal Carismática, Paulo Garcia. Na última sexta, o grupo oficializou apoio a Serra.
POLÍCIA
A Secretaria de Defesa Social informou que 50 homens estavam responsáveis pela segurança do ato. Diante dos casos de furto (celular e carteira), o secretário Wilson Damázio designou o delegado de Santo Amaro, João Dantas, para apurar as ocorrências. Até o início da noite de ontem, cinco queixas foram registradas.
Jarbas, Maciel e Sérgio Guerra marcam presença
O ato pró-Serra, ontem, marcou o retorno de todos os aliados das oposições em Pernambuco (PMDB/DEM/PSDB/PPS/PMN) na campanha presidencial. Pela primeira vez, desde o fim do 1º turno, os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB), Sérgio Guerra (PSDB) – que não se falam mais – e Marco Maciel (DEM) apareceram em um mesmo ato.
Desde a derrota, Maciel não havia sido visto na campanha. Viajou para Portugal, retomou os trabalhos no Senado, em Brasília, e ontem, tentou ficar ao lado de Serra, mas, assim como Jarbas e Guerra, desistiu logo, pois não havia condições por conta do empurra-empurra. Jarbas e Maciel estavam na van que levou Serra ao aeroporto. Guerra já havia deixado o local.
Presidente nacional do PSDB e coordenador nacional da campanha de Serra, Guerra foi o único que concedeu entrevista. O tucano disse não acreditar que a visita do candidato possa promover alguma mudança significativa na disputa eleitoral e afirmou que Serra será “mais claro” no debate da Globo, amanhã. “Mas não necessariamente mais ofensivo”.
Guerra garantiu ainda que, se desejar, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves pode ser seu sucessor na presidência do PSDB. “Se ele quiser, com certeza (fica com a presidência). Já fiz o que tinha que fazer”, afirmou, pontuando a boa relação do mineiro com partidos importantes como o PMDB e PSB.
Oposições mostram força em caminhada para o tucano no Centro do Recife. O empurra-empurra, porém, causou tumulto e furtos foram registrados
Cecília Ramos e Daniel Guedes
A passagem do presidenciável José Serra (PSDB) pelo Centro do Recife, onde fechou sua nova visita ao Estado, ontem à tarde, surpreendeu positivamente o candidato e aliados, tamanha receptividade de populares na capital. Um “mar de gente” parou para ver, falar e tirar foto com o tucano. Por conta do assédio, ele acabou levando uma hora para percorrer a Rua da Imperatriz.
A falta de organização, porém, trouxe transtornos. O empurra-empurra foi grande e algumas pessoas, incluindo jornalistas e o filho do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), Jarbas Filho, tiveram objetos furtados. Em muitos momentos, barracas de comerciantes ameaçavam cair em meio à confusão.
A caminhada começou às 16h, da Rua do Hospício, e foi interrompida no meio do trajeto pelo próprio Serra, sem aviso prévio, às 17h. Antes de partir rumo ao aeroporto, o tucano subiu em um banquinho e falou de improviso. “Quem vai ganhar no domingo é o povo brasileiro”. Em coro, a militância bradou: “O povo não erra, o presidente é Serra!”.
O presidenciável entrou em uma van que já o aguardava na Rua da Aurora.
Estavam no veículo Jarbas, o senador Marco Maciel (DEM), o deputado Raul Jungmann (PPS). Ao longo do percurso, mal se podia enxergar Serra. Jornalistas e fotógrafos se acotovelavam. Os políticos que começaram a caminhada perto do tucano acabaram se afastado rapidamente.
A saída inesperada de Serra acabou frustrando políticos, militância e populares que aguardavam o candidato na Praça da Independência, o ponto final do trajeto. Havia um trio elétrico no local que serviria de palanque. Populares abordados pelo JC e até políticos não sabiam que o tucano não iria mais. Já no aeroporto, Serra disse ter levado muito tempo percorrendo a Rua da Imperatriz. Ele minimizou o tumulto no percurso. “Eu gosto, me solto. Não há risco de cair porque não há para onde cair. É sempre muito agradável a adesão das pessoas comuns”.
A assessoria de Serra informou que o ato foi interrompido pois ele precisava retornar às 17h30 a São Paulo. Antes de seguir viagem, Serra atendeu, no aeroporto, seis pastores, entre eles o bispo da Igreja Episcopal Carismática, Paulo Garcia. Na última sexta, o grupo oficializou apoio a Serra.
POLÍCIA
A Secretaria de Defesa Social informou que 50 homens estavam responsáveis pela segurança do ato. Diante dos casos de furto (celular e carteira), o secretário Wilson Damázio designou o delegado de Santo Amaro, João Dantas, para apurar as ocorrências. Até o início da noite de ontem, cinco queixas foram registradas.
Jarbas, Maciel e Sérgio Guerra marcam presença
O ato pró-Serra, ontem, marcou o retorno de todos os aliados das oposições em Pernambuco (PMDB/DEM/PSDB/PPS/PMN) na campanha presidencial. Pela primeira vez, desde o fim do 1º turno, os senadores Jarbas Vasconcelos (PMDB), Sérgio Guerra (PSDB) – que não se falam mais – e Marco Maciel (DEM) apareceram em um mesmo ato.
Desde a derrota, Maciel não havia sido visto na campanha. Viajou para Portugal, retomou os trabalhos no Senado, em Brasília, e ontem, tentou ficar ao lado de Serra, mas, assim como Jarbas e Guerra, desistiu logo, pois não havia condições por conta do empurra-empurra. Jarbas e Maciel estavam na van que levou Serra ao aeroporto. Guerra já havia deixado o local.
Presidente nacional do PSDB e coordenador nacional da campanha de Serra, Guerra foi o único que concedeu entrevista. O tucano disse não acreditar que a visita do candidato possa promover alguma mudança significativa na disputa eleitoral e afirmou que Serra será “mais claro” no debate da Globo, amanhã. “Mas não necessariamente mais ofensivo”.
Guerra garantiu ainda que, se desejar, o ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves pode ser seu sucessor na presidência do PSDB. “Se ele quiser, com certeza (fica com a presidência). Já fiz o que tinha que fazer”, afirmou, pontuando a boa relação do mineiro com partidos importantes como o PMDB e PSB.
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