Presidente considera que manifestações fortalecem regime democrático
Naira Hofmeister
PORTO ALEGRE. A presidente Dilma Rousseff demonstrou apoio às marchas que se sucedem no país contra a corrupção. Em Porto Alegre, onde sancionou o Pacto Sul do programa Brasil Sem Miséria e anunciou obras de mobilidade urbana para a Região Metropolitana da capital gaúcha, Dilma admitiu que as demandas das passeatas são "corretas".
- É absolutamente correto que eles tenham reivindicações. E que nós tenhamos proposições que às vezes contemplam tudo o que as reivindicações pedem, (e às vezes) só uma parte - afirmou a presidente em coletiva de imprensa no Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul.
Dilma avaliou ainda que os executivos têm obrigação de respeitar essas mobilizações, e que os protestos são, ao mesmo tempo, consequência e elemento fortalecedor do regime democrático do Brasil.
- Este país é diferenciado: não vamos tratar manifestação como se fosse uma atitude indevida ou incorreta. Pelo contrário, integra a nossa democracia o direito de manifestação, de greve e de fala. Eu, pelo menos, acho que este convívio é uma das coisas mais importantes da nossa democracia - disse Dilma.
Bancários e servidores vaiam a presidente
Quando se dirigia ao Piratini, no curto trecho entre a Assembleia e o palácio do governo, Dilma cruzou com uma manifestação de bancários e servidores públicos contra as políticas salariais do governo do estado e da União. A presidente ouviu vaias dos sindicalistas e palavras de ordem como "Dilma, que papelão! Não dá aumento e ainda governa pro patrão!".
Dilma ficará em Porto Alegre e vai aproveitar o fim de semana para ficar com a filha Paula Rousseff e o neto Gabriel, que completou o primeiro ano de vida em setembro. No domingo à noite, a presidente viaja para a África.
FONTE: O GLOBO
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