Murillo Camarotto
RECIFE - Ao criticar, no mês passado, a "rinha" entre PT e PSDB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), deu o tom do que será parte de seu discurso em uma eventual candidatura à Presidência da República. Disposto a personificar o "pós" PT e PSDB, ele deve seguir a linha crítica ao que chama de "velha política".
Ontem, durante evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher (com dez dias de atraso), o pernambucano disse que o Brasil precisa de um novo pacto social e político, e que deve o país se livrar "das velhas lideranças políticas carcomidas".
"Estamos num processo de construção de um novo Brasil, que precisa também de um novo pacto social e político. Não vamos arrancar o resto de machismo que tem na máquina pública deste país com as velhas lideranças políticas carcomidas, que nunca assumiram os compromissos de romper com esses cacoetes e deformações", disse Eduardo.
Na eleição municipal do ano passado, quando elegeu no Recife o afilhado político Geraldo Julio (PSB), o governador adotou discurso semelhante, ao criticar as brigas internas no PT local, que ele chamou durante a campanha de "as arengas de sempre".
Apesar de não assumir publicamente a candidatura à Presidência da República em 2014, Eduardo já se aproxima do empresariado paulista, com quem manteve encontros na última semana. E em Brasília, durante reunião de governadores na quarta-feira, buscou se destacar ao fazer proposta sobre a redistribuição dos royalties do petróleo - tema que divide os Estados.
Fonte: Valor Econômico
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