Em depoimento durante audiência pública da Comissão Nacional da Verdade, ontem, em Porto Alegre, o ex-deputado estadual pelo PDT gaúcho Carlos Araújo, ex-marido de Dilma Rousseff, pai de sua filha e avô de sua neta, lembrou que foi preso e torturado pela “equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury” que, à época, chefiava a Delegacia de Ordem Polícia e Social , o DOPS.
Depois disso, ficou “muito tempo” hospitalizado em função das sequelas e em seguida foi novamente torturado.
Sérgio Paranhos Fleury é o delegado que mereceu os seguintes elogios do então deputado José Maria Marin, em 1976, na Assembleia Legislativa de São Paulo:
“Conhecendo de perto seu caráter, sua vocação de servir, podemos afiançar, sem dúvida alguma, que Sergio Fleury ama sua profissão; que Sergio Fleury a ela se dedica com o maior carinho, sem medir esforços ou sacrifícios, para honrar não só a polícia de São Paulo, mas acima de tudo, seu título de delegado de polícia”.
Marin é o presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo no Brasil e, se nada mudar, estará ao lado da presidenta Dilma Rousseff na abertura do megaevento, em São Paulo, no ano qu e vem.
A petição, AQUI, organizada por Ivo Herzog, filho de Vladimir Herzog, contra quem Marin pediu providências em discurso duas semanas antes da prisão e morte do jornalista, já conta com quase 45 mil assinaturas, faltando 5 mil para atingir a meta proposta pelo abaixo- assinado.
Comentário para o Jornal da CBN desta terça-feira, 19 de março de 2013.
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