Não bastassem os 30 partidos já existentes, vêm aí o Solidariedade e o Pros (Partido Republicano da Ordem Social), aprovados pelo TSE na noite de terça-feira e lançados ao mar como boias salva-vidas para políticos insatisfeitos com suas atuais agremiações e, principalmente, para candidatos em busca de uma sigla, qualquer sigla, para disputar em 2014.
O Solidariedade, criado por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força Sindical, repete a trajetória e até o nome do sindicato, depois partido, de Lech Walesa, na Polônia. E é mais um, como o PSB, que ameaça fazer oposição a Dilma e ao PT em 2014. O PSB, com a candidatura própria do governador Eduardo Campos (PE). O Solidariedade, possivelmente apoiando o tucano Aécio Neves.
E o que é, afinal, o tal Pros? Qual a sua ideologia? Quais os seus líderes? Quais as suas intenções? Ainda não se sabe. Talvez nunca se venha a saber. Seu dono, ops!, seu mentor e articulador é o famoso quem? Um tal de Euripedes de Macedo Júnior, ex-vereador em Goiás.
O mais curioso, ou assustador, é que imprensa, opinião pública e mundo político se distraíam discutindo a Rede Sustentabilidade e a fusão do PPS com o PMN, que foi um espirro, deu em nada, enquanto o Solidariedade era gerado e o Pros trabalhava em silêncio para colher as assinaturas (apesar de bem questionáveis e bastante questionadas).
Até se falou um pouco no Solidariedade, mas esse Pros surge agora como por encanto, e a Rede, de Marina Silva, está no limbo até o limite da filiação partidária, na semana que vem. Como pode o Pros, sem líder conhecido e sem rastro, colher as assinaturas direitinho, e a Rede, puxada por uma pré-candidata com 20 milhões de votos e em segundo lugar nas pesquisas, não conseguir fazer o dever de casa?
Com ou sem o novo partido, aderindo ou não ao PEN, a candidatura Marina começa mal.
Fonte: Folha de S. Paulo
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