• Senador Aloysio Nunes diz que repercussão da construção de pista em terreno de familiares não afeta candidatura e que PT se vale de 'denúncia vazia'
Gustavo Porto - Agência Estado
PALMITAL - O senador e candidato a vice-presidente da República Aloyisio Nunes (PSDB-SP) refutou nesta quarta-feira, 23, as denúncias de que o governo mineiro tenha beneficiado a família do candidato a presidente e também senador Aécio Neves (PSDB-MG) na construção de um aeroporto em Cláudio (MG). "O terreno não é da família do Aécio, porque ele foi desapropriado pelo governo mineiro, todas as explicações foram dadas sobre o assunto e são satisfatórias na minha opinião", disse Nunes, visivelmente irritado com a questão. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo.
Indagado sobre o impacto na campanha de Aécio da abertura de investigação da Agênca Nacional de Aviação Civil (Anac) para apurar o caso e ainda sobre o questionamento judicial feito pelo PT, o candidato a vice-presidente considerou que a candidatura do senador não será afetada e rebateu: "O PT é useiro e vezeiro nessa matéria. Trabalha na base da calúnia, da denúncia vazia", disse. "Claro que defendo que seja investigado, mas esse assunto já foi falado suficientemente e não vou mais falar nisso", completou.
A reportagem da Folha de S.Paulo revelou que o governo mineiro gastou quase R$ 14 milhões na obra, construída em área que pertenceu ao tio-avô de Aécio, Múcio Guimarães Tolentino, ex-prefeito de Cláudio. Conforme a publicação, um dos filhos de Múcio, Fernando Tolentino, disse que o próprio Aécio, seu primo, usa a pista sempre que visita a cidade. O aeroporto, contudo, não tem autorização da Anac para funcionar.
O candidato afirma que a pista foi feita quando o terreno já havia sido desapropriado e acusou o PT de estar por trás da divulgação da informação. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) pediu dados sobre uso do aeroporto.
Ibope. Nunes afirmou ainda que a pesquisa Ibope divulgada nessa terça, a qual aponta Aécio Neves com 21% das intenções de voto, atrás de Dilma Rousseff (PT), com 38%, anima muito a campanha, principalmente pela rejeição da presidente da República apontada no levantamento. "Mais importante que a intenção de votos, onde, aliás, a posição do Aécio é muito boa, é a questão o índice de rejeição e da avaliação negativa do governo dela, que hoje suplanta avaliação positiva", concluiu.
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