Presidente do STF elogia indicação de ex-assessor para Ministério da Defesa
Janaína Figueiredo | O Globo
BUENOS AIRES - Em visita oficial à Argentina, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, disse ontem desejar que os próximos anos sejam marcados pela pacificação. Segundo ele, a tarefa deve ser cumprida pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, e pelo Congresso que tomará posse no ano que vem.
— Nossa esperança é de que, passados esses tempos de turbulências que vivemos nos últimos quatro ou cinco anos, o novo presidente e o novo Congresso pacifiquem a nação brasileira e governem para todos — afirmou Toffoli.
Perguntado sobre a nomeação do general Fernando Azevedo e Silva, até pouco tempo seu assessor, o presidente do STF fez rasgados elogios ao futuro ministro da Defesa.
— O general Fernando é uma pessoa qualificadíssima por seu currículo, história e experiência. Foi comandante do Estado Maior do Exército, responsável pela segurança nas Olimpíadas (de 2016) e tem uma vasta experiência que, com certeza, o levará a ser um grande ministro da Defesa. Ela vinha nos ajudando e agora vai poder atuar dentro do Ministério da Defesa em toda a nação, o que é extremamente positivo.
Dias Toffoli evitou comentar assuntos importantes da agenda nacional, como o projeto Escola sem Partido, e a situação dos médicos cubanos que expressaram o desejo de solicitar asilo e permanecer no país. Perguntado sobre esta possibilidade, o presidente do STF disse não ter “nada a falar” e alegou não ter “conhecimento sobre o tema”.
Membros de sua delegação confirmaram que o julgamento sobre a constitucionalidade de leis que tentam implementar nos estados o projeto Escola sem Partido continua na pauta do Supremo para a semana que vem.
Dias Toffoli chegou à capital argentina para participar de um evento na faculdade de Direito da Universidade Nacional de Buenos Aires (UBA) e aproveitou para reunir-se com autoridades locais, entre elas o presidente da Corte Suprema, Ricardo Lorenzetti. O ministro destacou a importância de intensificar as trocas entre ambos Judiciários, mas explicou que em casos de corrupção, por exemplo, ainda existem fortes impedimentos para que o Brasil possa enviar à Argentina informações obtidas em delações premiadas.
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