quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Braga Netto se amarrou a Bolsonaro - Bruno Boghossian

Folha de S. Paulo

Declaração de lealdade feita pelo general não é uma mera demonstração de amizade

Por ordem do STFJair Bolsonaro e Walter Braga Netto não podem manter contato um com o outro. É uma medida comum para impedir que investigados combinem versões, troquem ameaças ou fechem acordos de sobrevivência. Uma conversa entre o capitão e o general, no entanto, ocorre em público.

As reações da dupla ao indiciamento por tentativa de golpe revelam a busca por um pacto. Braga Netto divulgou duas notas em que foi incapaz de negar de forma categórica seu envolvimento nos planos para permanecer no poder. O general afirmou apenas que "nunca se falou em golpe". Seus advogados gastaram caracteres para dar outros recados.

Braga Netto se amarrou a Bolsonaro pelo tornozelo. Em sua primeira manifestação, ele rejeitou o que seria a "tese fantasiosa e absurda" de que, após o golpe, os generais tirariam o capitão de cena para controlar o regime. O ex-ministro declarou lealdade absoluta ao antigo chefe e, na prática, derrubou a ideia de que poderia haver um duplo comando naquela conspiração.

Os dois principais líderes da trama agiam com o mesmo propósito. Bolsonaro deixou suas digitais no decreto que efetivaria o golpe e na convocação dos comandantes das Forças Armadas para a conspiração. Braga Netto trabalhou para coagir os chefes militares e coordenou uma reunião dos agentes que desenhavam o plano para matar Lula e Alexandre de Moraes.

As manifestações de Braga Netto sugerem que a chamada família militar prefere se defender de forma unida. Bolsonaro mostrou uma certa hesitação diante dessa expectativa. No primeiro pronunciamento sobre o indiciamento, o ex-presidente fez o que parecia ser uma defesa individual: "Da minha parte, nunca houve discussão de golpe".

A desfaçatez, porém, forja a aliança entre Bolsonaro e Braga Netto. As declarações de ambos são baseadas na teoria furada de que jamais houve uma tentativa de golpe porque não havia adesão suficiente ou tanques nas ruas. O que nenhum deles refuta é que houve a elaboração de um decreto golpista para instituir um estado de sítio e impedir a posse do presidente eleito. Seria o tal golpe "dentro das quatro linhas".

 

4 comentários:

ADEMAR AMANCIO disse...

Risível!

Anônimo disse...

O que promete grandes emoções e revelações bombásticas
A intervenção do governo Biden nas eleições presidenciais de 22
As redações da imprensa domesticada de esquerda vão entrar em polvorosa quero só ver que que eles vão arrumar Quando as realidades forem desenterradas
Os Estados Unidos intervieram descarada mente no processo eleitoral pra garantir a vitória posse do Lula isso tudo vai ser colocado as claras e aí eu quero ver quem foram os brasileiros que se reuniram com os oficiais americanos e acabaram cedendo e traindo o povo brasileiro

Anônimo disse...

Enquanto isso Lula entrega a maior jazida de urânio do Brasil na Amazônia pros chineses seus amigos
Urânio todos sabem a matéria-prima das bombas atômicas
O medo da comunidade internacional é parte desse material radioativo ser transferido para o Irã arriado de primeira hora da China

Anônimo disse...

Irã aliado da China