Maioria apoia reeleição de Sérgio Guerra desde que comando seja dividido
Colegiado político deve ser presidido por FHC; teriam assento Serra, Aécio, Arthur Virgílio, Jereissati, entre outros
Vera Magalhães e Valdo Cruz
BELO HORIZONTE -Os oito governadores do PSDB vão discutir hoje, em Belo Horizonte, uma proposta de consenso para a disputa interna pelo comando do partido: devem apoiar a recondução do atual presidente, Sérgio Guerra, a mais um mandato, mas com a criação de um conselho político para dividir as decisões.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deve ser o presidente desse colegiado, no qual teriam assento o ex-governador José Serra, o senador Aécio Neves e os ex-senadores Tasso Jereissati e Arthur Virgílio, entre outros nomes históricos do partido.
A ideia foi costurada por FHC e pelos governadores Marconi Perillo (GO) e Simão Jatene (PA), que tentam vencer o veto do grupo de Serra à permanência de Guerra na presidência do PSDB.
Outra ideia que chegou a ser discutida -a de um rodízio anual no comando do partido- não conta com a simpatia dos governadores. Isso obrigaria à repetição da regra nas seções estaduais e municipais do PSDB.
A avaliação também é de que criaria instabilidade política, ainda mais um ano antes das eleições para prefeito.
PESQUISA
Sérgio Guerra, que tem buscado apoio para sua recondução, participará do encontro de hoje. Ele apresentará uma pesquisa para avaliar a imagem do PSDB, que faz parte da tentativa do partido de definir sua linha de atuação na oposição ao governo Dilma Rousseff.
Depois, os governadores e Guerra almoçarão com a bancada mineira, encabeçada por Aécio -aliado do presidente da legenda.
A segunda parte da reunião, à tarde, será dedicada às reivindicações administrativas dos governadores.
Entre os temas em discussão estão a definição de um marco legal para a exploração de minérios e a discussão sobre um novo indexador para a dívida dos Estados.
Devem discutir ainda unificação dos programas sociais -uma forma de o PSDB ter marcas na área para rivalizar com o governo federal.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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