Mantendo foco no embate entre o PSDB e o PT na disputa eleitoral paulistana, o candidato tucano, José Serra, atacou ontem a entrada da presidente Dilma Rousseff na campanha do petista Fernando Haddad e a nomeação da senadora Marta Suplicy (PT) para o Ministério da Cultura.
Após participar de um evento de campanha, o tucano disse que Dilma, um dos principais cabos eleitorais de Haddad, "mal conhece São Paulo" e tenta influenciar o eleitorado.
"Ela (Dilma) vem meter o bico em São Paulo, vem dizer para os paulistanos como é que eles devem votar. Não se pode impedir isso. Mas ela, que mal conhece São Paulo, vem aqui dar seu palpite", afirmou Serra.
A presidente entrou oficialmente na campanha de Haddad na última segunda-feira. Na propaganda eleitoral petista, Dilma diz que o candidato "é a pessoa certa para comandar a transformação de que São Paulo precisa".
O tucano também ironizou a nomeação, para um ministério, da senadora e ex-prefeita Marta Suplicy, que entrou na campanha de Haddad há duas semanas.
A equipe de Serra pretende insinuar que Dilma usou um cargo do alto escalão do governo federal para beneficiar a candidatura de Haddad.
"A Marta Suplicy fez três insultos a mim e ganhou um ministério. Isso mostra que me insultar vale bastante", disse o tucano.
Marta fez críticas públicas à candidatura de Serra e ao PSDB nos eventos de que participou ao lado de Haddad. Anteontem, chamou o tucano de "mentiroso" e de "rei da embromation".
Gestão Marta. Em outra peça publicitária, a campanha de Serra tenta colar a imagem de Haddad à gestão de Marta na Prefeitura de São Paulo (2001-2004). O candidato petista foi chefe de gabinete da Secretaria de Finanças em parte da administração petista. O locutor da propaganda liga Haddad à criação de taxas municipais e, depois, ao ex-ministro José Dirceu, réu do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal.
"Haddad largou a Prefeitura e pulou para o governo federal. Foi nomeado pelo Zé Dirceu. É isso o que você quer de novo?", pergunta um locutor. A propaganda exibe uma cópia do Diário Oficial da União de junho de 2003, quando Haddad foi nomeado para o cargo de assessor especial do Ministério do Planejamento. Dirceu assina a nomeação. / B.B.
FONTE: O ESTADO DE S. PAULO
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