• Depois de Fernando Henrique, Instituto Teotônio Vilela sobe o tom das críticas à presidente
- O Globo
SÃO PAULO - O Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, publicou nesta segunda-feira um texto no qual chama a presidente Dilma Rousseff de “mãe do petrolão”. “O banditismo petista há muito deixou de ser novidade. O estarrecedor é a inépcia que a presidente da República demonstra para desempenhar suas funções e defender o interesse público”, diz trecho do artigo reproduzido pelo site tucano.
“Como presidente do conselho de administração da Petrobras por quase oito anos, Dilma foi uma espécie de mãe do petrolão. Cabe a ela e ao PT responder pelos 12 anos de assalto do partido à empresa, durante os quais, segundo revelações da Operação Lava Jato, meio bilhão de reais foram desviados para os cofres petistas”, afirma o texto.
Na semana passada, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso postou em seu Facebook um texto dizendo que Dilma deveria ter “mais cuidado”e não deveria jogar a “responsabilidade” dos casos de corrupção na Petrobras ocorridos nos governos do PT, citando a própria e Lula. O tucano partiu para o ataque e chegou a comparar a tática de Dilma a de um punguista que “rouba e sai gritando ´pega o ladrão!'”.
O texto do Instituto também diz que Dilma se comporta como marionete e que a presidente segue “o que lhe foi ditado pelo marketing e pelo seu tutor”, referindo-se ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Afirmar que o problema da roubalheira da Petrobrás repousa no que supostamente aconteceu na empresa quase duas décadas atrás é afrontar a inteligência dos brasileiros, desrespeitar a nação e zombar das instituições”, diz outro trecho.
As declarações tucanas são respostas à fala da presidente da semana passada, quando ela atribuiu ao governo anterior aos do PT, o de Fernando Henrique, a falha em investigar a corrupção na Petrobras.
"Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos o caso desse funcionário da Petrobras que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção", disse a presidente, sem citar nomes.
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