A sugestão do presidente da Câmara, caso a reforma não inclua estados e municípios, é aprovar uma emenda que transfira a responsabilidade para as Assembleias Legislativas
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, voltou a defender a manutenção de estados e municípios na reforma da Previdência (PEC 6/19), mas destacou que caso sejam retirados do texto, uma emenda pode ser aprovada para que as Assembleias Legislativas aprovem uma reforma por lei ordinária.
Maia participou de evento no Instituído de Direito Público em Brasília na noite desta terça-feira (04) e voltou a defender o controle dos gastos públicos no País.
“Estamos tentando salvar a reforma dos estados e municípios. Se as assembleias votarem alguma coisa que seja, pelo menos, com quórum menor, até porque tem governador que não tem condição de aprovar nas suas assembleias uma maioria de 3/5 (quórum qualificado). Acho que é uma probabilidade”, afirmou o presidente.
Pesão por morte
Na palestra, Rodrigo Maia também comentou a possibilidade de se alterar a proposta do governo de revisar o valor básico da pensão por morte. Pelo texto encaminhado pelo Executivo, o valor será de 50% (parcela fixa) dos proventos do segurado, acrescida de 10% para cada dependente (cota individual), até o máximo de 100%.
Para o presidente, um casal cuja renda é de R$ 3500 é diferente de um casal que ganha R$ 27 mil, e por essa razão, é preciso pensar numa fórmula que corrija injustiças. “Tenho um exemplo claro de um senhor de 82 anos que recebe R$ 2 mil e esposa R$1500. Juntos, eles ganham R$ 3500. Com a reforma, eles vão perder quase mil reais. É óbvio que a situação deles é diferente de um casal cuja aposentadoria de um é de R$ 25 mil e outro de R$ 2 mil”, ponderou.
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