A presidente Dilma demitiu o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence (PT). Ela estava insatisfeita com a lentidão da reforma agrária. Ele será substituído pelo deputado Pepe Vargas, também do PT. Florense é o 12º titular a deixar a Esplanada.
Má avaliação derruba 12º ministro de Dilma
Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) caiu devido ao entendimento do Planalto de que ele produziu resultados "pífios"
Substituto será o deputado Pepe Vargas (PT-RS), que afirmou ter sido convidado para o cargo na quarta-feira
BRASÍLIA - O governo anunciou ontem que o deputado Pepe Vargas (PT-RS) será o novo ministro do Desenvolvimento Agrário, em substituição ao também petista Afonso Florence, 12º titular a deixar a Esplanada dos Ministérios no mandato de Dilma Rousseff.
Apesar de, em nota, a presidente ter agradecido aos "inestimáveis serviços" de Florence, ela estava insatisfeita com o rendimento do baiano, que há meses constava da lista de ministros que perderiam o cargo.
Florence produziu resultados considerados pífios por grupos de sem-terra, que têm historicamente influência nesse setor do governo.
A maior crítica era em relação à lentidão da reforma agrária no ano passado.
Em fevereiro, a Folha revelou que a expansão do programa foi a pior desde ao menos 1995, com menos de 22 mil famílias assentadas.
Segundo membros dessas organizações, o maior defeito de Florence era desconhecer a área em que atuava.
Outro programa cuja baixa velocidade Dilma chegou a criticar é o Terra Legal, que tenta regularizar milhões de hectares na Amazônia.
Um bom rendimento da pasta é essencial para que a presidente possa cumprir sua promessa de erradicar a pobreza extrema até 2014.
Isso porque boa parte das ações do Brasil sem Miséria, criado para executar o objetivo, é tocado pelo ministério.
A Folha não conseguiu falar ontem com Florence. Assim como o antecessor, o novo ministro é da Democracia Socialista, corrente minoritária do PT que chefia a pasta há anos.
À Folha, Pepe Vargas disse que foi chamado para o cargo na quarta.
Segundo ele, seu conhecimento da área agrária vem de quando foi prefeito de Caxias do Sul por oito anos.
Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, vai assumir a vaga deixada por Vargas na Câmara dos Deputados.
FONTE: FOLHA DE S. PAULO
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