sábado, 10 de março de 2012

Recife: Oposição avalia tese da “tríplice aliança”

RECIFE - DEM, PMDB e PPS estudam a possibilidade de se unirem em torno de uma só candidatura para a sucessão de João da Costa. PSDB não abre mão de lançar Daniel Coelho

Débora Duque

Com a candidatura do deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) à Prefeitura do Recife sendo encarada como um fato consumado, a via encontrada pelo DEM, PMDB e PPS para não perder o protagonismo na disputa é a formação de uma tríplice aliança. O acordo ainda não foi selado. Mas, em que pese as variáveis políticas que podem contribuir ou não para o fechamento do grupo, os líderes dos três partidos demonstram simpatia pela estratégia sugerida pelo ex-governador Gustavo Krause (DEM).

A começar pelo deputado federal e também prefeiturável Mendonça Filho (DEM), que considera que as legendas (DEM, PMDB e PPS) estão “afinadas”. “Não há acordo porque isso pressupõe algo já celebrado, mas existe uma disposição dos três partidos de marcharem juntos”, reconhece. A avaliação do democrata tem o respaldo de Raul Jungmann (PPS) – o JC tentou contato com Raul Henry (PMDB) mas não obteve retorno – que referendou a “disposição” para a união do trio, apesar das pendências que podem travar o processo.

Uma delas é o fato de o próprio Henry ainda não ter batido o martelo sobre intenção de disputar a Prefeitura, pela segunda vez. O peemedebista tem confessado a interlocutores que está à espera de uma sinalização de apoio – político e, principalmente, financeiro – da Executiva nacional do partido para definir se colocará o time em campo. Enquanto isso não acontece, o acordo entre as três legendas permanecerá em banho-maria.

Até porque somente após essa definição, seria possível escolher o candidato capaz de representar o grupo. A avaliação interna é de que o posto de vice não deve ser ocupado por nenhum dos três.

Ao mesmo tempo em que aposta na tríplice aliança, o DEM tem se articulado nacionalmente para atrair o apoio do PSDB às suas postulações, tanto no Recife como em Salvador, em troca da adesão a José Serra (PSDB) em São Paulo. O assunto, segundo Mendonça, é tratado pela cúpula nacional do partido. “Não estou me envolvendo nisso”, desconversou. Presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra confirmou o diálogo, mas disse que a disputa no Recife não está em questão e que o partido já lançou seu candidato, Daniel Coelho. “O que esperamos é o apoio das outras legendas ao nosso candidato, como já fizemos em eleições anteriores”, insistiu.

FONTE: JORNAL DO COMMERCIO (PE)

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