PDT também é
cortejado pelo governo para que não se afaste de aliança
BRASÍLIA - Depois do
racha com o PSB em Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, o Palácio do Planalto
trabalha para decifrar a lógica dos movimentos de Eduardo Campos, que tem
participado de mais de uma campanha ao lado do tucano Aécio Neves, potencial
adversário de Dilma Rousseff em 2014. A cartada de Eduardo Campos em São Luís
foi interpretada como uma tentativa de aliciar setores do PCdoB e ampliar a
base de apoio do governador para uma eventual disputa presidencial em 2014.
Apesar de a afinidade
do governo e do PT com a direção nacional do PCdoB garantir a continuidade da
aliança histórica entre os dois partidos, o Planalto decidiu ressaltar essa
parceria, com a presença de Dilma em Manaus, onde Vanessa Grazziotin está em
desvantagem nas pesquisas.
O PDT é outro partido
que está sendo cortejado pelo governo federal, que teme perder o aliado
trabalhista para o PSB de Eduardo Campos ou mesmo para o PSDB. Principalmente
nos locais onde a ala pedetista não é comandada pelo presidente da legenda,
Carlos Lupi, a presidente tem feito gestos de amizade.
Exemplo disso foi a
eleição em Porto Alegre, domicílio eleitoral de Dilma. Apesar de ter um
candidato do PT na disputa, a presidente manteve-se neutra e evitou comentar
seu voto. A postura de Dilma conquistou elogios do prefeito reeleito, José
Fortunati (PDT), e angariou a simpatia do comando gaúcho do partido.
Em Curitiba, mesmo
não participando diretamente, a presidente Dilma deu o aval para que a
ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, articulasse a candidatura de
Gustavo Fruet (PDT), que tem como vice um petista. Contrariando o PT local, que
insistia em candidato próprio, Gleisi emplacou Fruet, que lidera as pesquisas
de intenção de votos, e sedimentou a aliança com o PDT no Paraná.
Fonte: O Globo
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