Patrícia Britto
SÃO PAULO - A Força Sindical decidiu nesta sexta-feira (7), em reunião de sua Executiva Nacional, endurecer o discurso contra o governo federal. O movimento é liderado pelo presidente da central e deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força.
"Tivemos uma lua de mel longa, que nós vamos
romper agora", disse o sindicalista.
Nos bastidores, ele articula para deixar a base de
apoio à presidente Dilma Rousseff e criar um novo partido, o Solidariedade.
Paulinho já teria cerca de 150 mil assinaturas das 500 mil exigidas para o
registro na Justiça Eleitoral.
Os sindicalistas reclamam do tratamento dado pela
equipe de Dilma, que não estaria atendendo às reivindicações do movimento, como
o fim do fator previdenciário e a isenção do Imposto de Renda na Participação
nos Lucros e Resultados (PLR).
A política de enfrentamento ao governo será marcada
por uma série de manifestações a partir do próximo ano, a começar por uma
grande marcha das centrais a Brasília, prevista para fevereiro.
Paulinho ameaçou ainda uma onda de greves dos
trabalhadores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vitrine da
campanha de Dilma à Presidência. "Ou eles resolvem essa questão do
tratamento com os trabalhadores ou, no ano que vem, vai ter um festival de
greve nessas obras do PAC", disse.
Entre as reclamações com relação às obras de
infraestrutura estão a diferença salarial entre trabalhadores de mesmo cargo
contratados por empresas diferentes e a repressão às greves.
Paulinho disse ainda que o tom mais agressivo muda
o cenário de apoio que a presidente Dilma teve das centrais sindicais até
agora. "Isso ela nunca mais terá, mesmo que faça malabarismos. Ela vai
chegar em 2014, se não tiver cuidado, bem desgastada."
Fonte: Folha de S. Paulo
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