Por Carolina Mandl - Valor Econômico
SÃO PAULO - Os dois principais candidatos à Prefeitura de Maceió - Rui Palmeira (PSDB) e Cícero Almeida (PMDB) - se enfrentam domingo já de olho na disputa eleitoral de 2018 para o governo estadual.
Atual prefeito, Rui busca uma reeleição que pode credenciá-lo daqui a dois anos à corrida para governador. Já seu principal opositor, o radialista conhecido como Ciço, tem como tarefa sustentar a reeleição do governador Renan Filho (PMDB), filho do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Última pesquisa realizada pelo Ibope mostrou o prefeito Rui Almeida à frente da disputa com 35% das intenções de voto. Como a margem de erro é de quatro pontos percentuais, o candidato do PSDB está tecnicamente empatado com Cícero Almeida, que tem 28%. Na sequência, aparece João Henrique Caldas (PSB), com 18%. Foram entrevistados 602 candidatos entre os dias 10 e 13 de setembro. O número do protocolo de registro no Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas é AL-07132/2016.
A seu favor, o advogado Rui, 40 anos, tem a aprovação de 61% dos eleitores à sua administração, conforme pesquisa do Ibope. Na campanha eleitoral, o prefeito não perde a oportunidade de divulgar que Maceió ocupa a sétima posição entre as capitais no ranking de transparência do Ministério Público Federal, que tem como objetivo promover a divulgação de informações das contas públicas.
Ciço, que deixou a prefeitura em 2012, quer ganhar os eleitores com o discurso de alianças. "Temos agora uma parceria com o governo do Estado e com o presidente [da República], que é do PMDB. Nós vamos aproveitar para trazer o melhor para Maceió", disse o radialista em entrevista na semana passada à AL TV, telejornal da TV Gazeta.
O plano de governo de Ciço contém trechos idênticos ao projeto apresentado em 2012 pelo então candidato Ronaldo Lessa (PDT), como mostrou reportagem publicada pelo jornal "Folha de S. Paulo". Nesta disputa eleitoral, Lessa apoia agora o prefeito Rui.
Com menos força na pesquisa, João Henrique Caldas, o JHC, quer atrair votos com o apelo de que vai "trazer a administração do analógico para o digital" em um Estado líder no analfabetismo no país. De 100 alagoanos acima de 15 anos, 22 não sabem ler nem escrever.
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