Marianna Holanda e Fabio Leite / O Estado de S. Paulo.
Ao passo que o PSDB não garante apoio à sua candidatura ao governo do Estado, o vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), resolveu priorizar o apoio de pequenos e médios partidos. Depois de anunciar a adesão do PR, França participou ontem de um evento de declaração de apoio do Solidariedade. As negociações também estão avançadas com PROS, PV, PRB, PSC e PPS.
Até o PCdoB, aliado histórico do PT, tem conversado com França. “Tem um debate interno, mas nenhuma resolução sobre o assunto. Se você me perguntar se é possível apoiar Márcio França para governador? Eu diria para você: sim, é possível”, afirmou, o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP).
“Os grandes partidos, que são praticamente três grandes partidos no Brasil, não são a maioria. Quando você soma todos os pequenos e médios partidos dá muito mais do que os grandes”, discursou França para a plateia formada por sindicalistas que lotaram a sede do Solidariedade em São Paulo.
França minimizou a possibilidade de o PSDB ter candidato próprio ao governo. “A decisão que eles tomarem a gente aceita. Seria muito bom ter o PSDB, mas é claro que se eles decidirem ter candidato, eu vou aceitar”, afirmou a jornalistas.
Nomes. No partido do governador Geraldo Alckmin, que deve renunciar ao cargo em abril para disputar a Presidência, deixando França no comando do Estado, há três nomes sendo ventilados. O cientista político Luiz Felipe d’Ávila e o secretário de Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, já anunciaram suas intenções. O mais forte, contudo, é o do prefeito da capital, João Doria, que disse que cumprirá seu mandato na Prefeitura, mas já recebeu apoio de deputados tucanos nesta semana para disputar o governo.
França disse que “entende” se Doria mudar de ideia e disputar o governo estadual. Em seu discurso, no entanto, o vice alfinetou o tucano: “Por que a política no Brasil está desmoralizada? Porque o cara fala uma coisa e quer fazer outra”.
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