- O Globo
Na semana passada, esta coluna publicou com exclusividade cartas ao Papai Noel escritas por algumas das pessoas mais importantes do Brasil. Aqui as respostas do bom velhinho, três dias depois do Natal.
Bolsonaro - O presidente pediu para se ver livre dos jornalistas que não saem de seu pé. Noel respondeu assim: “Impossível ajudá-lo. Por regras ancestrais, não tenho o direito de atentar em nenhuma hipótese contra a democracia. Jornalistas e liberdade de imprensa são fundamentais para a manutenção do estado de direito. Mesmo que pudesse, não lhe ajudaria por questões éticas. Com jornalistas, menu caro, é melhor já ir se acostumando”.
Guedes - O ministro da Fazenda pediu ajuda para aprovar as reformas que faltam, já que o seu chefe não colabora. Veja a resposta do velhinho: “Mesmo de longe dá para ver que o seu superior não ajuda mesmo. O seu colega Sergio Moro padece do mesmo problema. Ocorre que dentre as minhas atribuições não constam Medidas Provisórias e Projetos de Lei. Sorte sua que, ao contrário do Moro, você tem o Rodrigo Maia”.
Weintraub - O ministro da Educação na corda bamba pediu para Papai Noel ajudá-lo anão ser demitido, já que ele queria continuar inventando piadinhas bobas e xingando quem lhe desse na telha desde o gabinete na Esplanada. Resposta: “Nem que pudesse iria ajudá-lo. Vocêéo pio remais caótico ministro da Educação do Brasil que eu já conheci, e olha que eu ando por aqui há anos. Se me pedissem conselho, recomendaria sua imediata exoneração. Dizem que você chega a ser pior que o seu antecessor, que sequer
falava o idioma pátrio”.
Damares - Ela pediu um vestido azul, jurando usá-lo escondida dentro de casa. Papai Noel foi simpático :“Pedido atendido, menina. Mas recomendo que use o vestido azulem cerimônias públicas e oficiais. Vai engrandecê-la”.
Zero Um - Pediu para Noel livrá-lo do Queiroz de uma vez por todas. A resposta foi assim: “Para eu poder sumir com uma pessoa, é preciso que primeiro ela apareça. Vai ser difícil atender sua demanda, guri”.
Zero Dois - Este queria permissão para voltar para as redes sociais. O bom velhinho escreveu: “Eu vi que você já voltou, mas não foi coisa minha. Não tenho nada com isso. E pare de me chamar de papi”.
Zero Três - Mandou carta pedindo uma boia para o verão de Angra, já que não conseguiu ganhara embaixada nos EUA. Resposta: “Pedido atendido. Mas eu vi que o menino, o Quatrinho, pegou sua boia antes de você acordar para brincar sozinho. Resolva isso com ele, me deixe fora dessa”.
Lula - O ex-presidente pediu paranã os ermais vaiado e voltara ser tratado como antigamente: “Imagino que deve ser chato mesmo ser aplaudido só pelas turmas doBo ulose d oS tédile.Di retamente,não posso ajudá-lo, mas tenho uma dica. Quem sabe você não faz uma autocrítica pública, séria e pra valer. Um pouco daquele Lulinha Paz e Amor também não atrapalharia”.
Witzel - O governador queria mais dez mil no seu contracheque. Noel foi direto ao ponto: “Não consigo dar aumento nem para os meus anõezinhos aqui, imagine para o governador do Rio. Mas tenho certeza de que se você mandar um projeto para a Alerj a turma aprova isso lá bem rapidinho. É só prever um efeito cascata que a coisa passa mesmo sem pedido de urgência”.
Crivella - Este queria aprender a gerenciar uma coisa, qualquer coisa. O velhinho explicou por que seria impossível atender ao pedido: “Pau que nasce torto, morre torto, meu filho. Se ao 62 anos você ainda não aprendeu aritmética, quem sou eu para te consertar?”.
Jorge Jesus - O técnico do Flamengo pediu o último título da temporada, o de campeão mundial: “Eu bem que tentei, você viu meu esforço para reduzir o ímpeto do seu adversário. Mas você não ajudou. Com aquelas mudanças que você fez no time no segundo tempo, nem Deus te salvaria, Jesus. Quem sabe no próximo ano?
Férias. Estarei fora em janeiro. De volta com vocês no dia 1º de fevereiro. Feliz ano novo a todos.
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