Pesquisa do IBPS aponta queda de Crivella na disputa eleitoral; candidato ainda lidera, mas índice de rejeição aumenta
RIO - Pesquisa de intenção de voto divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Sociais (IBPS) revela queda do candidato Marcelo Crivella (PRB) na disputa eleitoral no Rio. Crivella, que vinha liderando as últimas consultas, caiu seis pontos percentuais em relação à consulta de maio, quando tinha 27,6% dos votos. Na sexta pesquisa do IBPS, o candidato obteve 21,3% dos votos, contra 15,8% de Jandira Feghali (PcdoB). A margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos, pode configurar empate técnico entre os candidatos.
Em terceiro lugar, está o candidato Eduardo Paes (PMDB), com 10,5% da intenção de votos. Em seguida, estão Fernando Gabeira (PV-PPS-PSDB), com 9,9%; Chico Alencar (PSOL), com 6,6%; Solange Amaral (DEM), com 6,5%; Alessandro Molon (PT), com 2,2%; Paulo Ramos (PDT), com 1,4%; e Filipe Pereira (PSC), com 0,4%. Votos brancos e nulos somaram 9,3%.
A rejeição ao nome de Crivella aumentou, de 19,2% para 22%. Os demais candidatos têm os seguintes índices de rejeição: Fernando Gabeira (11,6%); Solange Amaral (6,2%), Jandira Feghali (4,8%); Alessandro Molon (2,3%); Chico Alencar (1,5%); Paulo Ramos (1,4%); Eduardo Paes (1,4%); e Filipe Pereira (0,5%).
Na hipótese de segundo turno entre Jandira e Crivella, a pesquisa aponta vitória da candidata, com 44% dos votos, contra 31% de Crivella. O candidato do PRB venceria também Gabeira (38,7% contra 32,6%) e Solange Amaral (36,1% contra 33%). Numa disputa com Eduardo Paes, Crivella seria derrotado, com 33% de votos, contra 37,3% de Paes. Já em um quadro com Jandira e Paes, a candidata venceria com 41% dos votos, contra 28,5% do candidato do PMDB.
O IBPS fez 1.110 entrevistas por telefone entre os dias 27/06 e 03/07. A margem de erro é de três pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), na 228ª ZE, com o número RPE 013/2008.
Entrevistados também falaram sobre caso da Providência e Cimento Social
O IBPS também ouviu os eleitores sobre o episódio do Morro da Providência, em três jovens foram mortos por traficantes do Morro da Mineira após terem sido presos por soldados do Exército. Dos entrevistados, 87,2% disseram ter ouvido falar muito do caso; 9,5% ouviram falar pouco; e 2,6% não ouviram falar. Na pergunta espontânea sobre de quem seria a culpa dos assassinatos, 19,1% disseram não saber a quem responsabilizar. Outros 15,6% acham que a culpa é do Exército e 5, 8% culpam os militares em geral. Já 3,8% culparam o governo.
Na opinião de 31,1% dos entrevistados, o projeto Cimento Social, de Marcelo Crivella, é um projeto importante e que deve ser mantido; 27, 7% acham que é um projeto importante, mas que foi utilizado para fins eleitoreiros; 20,7% disseram ser um projeto meramente eleitoreiro; e 15,6% disseram não conhecer o projeto. Outros 59% acham que o Exército deve participar de projetos sociais, contra 32% que acham que essa não é a função dos militares. A pesquisa indica ainda que 53,3% dos eleitores acham que o Exército deve participar do combate à criminalidade. Outros 38,5% se posicionaram contrários à medida.
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