É muito bom quando, por ocasião da Assembleia Geral da Organização da Nações Unidas (ONU), as pessoas podem acompanhar, mesmo que superficialmente, o funcionamento de um organismo de abrangência mundial.
Embora pareça que tudo lá são assuntos muito distantes do dia-a-dia do cidadão comum, a exemplo da crise da guerra civil da Síria, da energia nuclear do Irã, da espionagem dos EUA, da crise econômica da Europa, fica cada dia mais claro que as soluções para a saída dos problemas da humanidade passam necessariamente pela coletividade das nações.
O tal de Eduard Snowden, analista terceirizado da agência de segurança dos EUA, denunciou espionagem no Brasil, através de um jornalista britânico que tem um namorado brasileiro, está asilado na Rússia. Os EUA justificam sua "rede de coleta de informações" para combater o terrorismo, cujo agente principal é a Al Qaeda, que dizem contar com o apoio do Irã, que também apoiaria o ditador da Síria que por sua vez conta com o apoio da Rússia contra as ações repressivas diretas propostas pelos EUA. E assim o mundo gira e a Lusitana roda.
E a ONU discute, discute, discute e discute isso tudo e não dispõe de mecanismos concretos e rápidos de ação que possam solucionar questões urgentes.
Assim como acontece hoje com as instituições políticas nacionais como os parlamentos, os judiciários e o governos a institucionalidade dos organismos internacionais também vive um momento de falta de representatividade e de perspectiva.
São momentos como esse que podem abrir caminho para novidades, quais ainda não se sabe, inclusive porque se pode perceber que estão em andamento alterações na hegemonia do poder econômico mundial e há também uma "internacionalização" das pessoas no mundo todo, sobretudo na Europa.
O conceito de nação como a célula primordial do relacionamento entre estados tende a perder força e a noção de internacionalização do gênero humano pode aumentar. O esporte nos mostra isso, é só ver a seleção de futebol da Alemanha. Tem alemães, outros europeus, africanos e brasileiros.
Urbano Patto é Arquiteto-Urbanista, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional, dirigente do Partido Popular Socialista (PPS) de Taubaté e do Estado de São Paulo. Comentários, sugestões e críticas para urbanopatto@gmail.com
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