• Cardozo diz que é inaceitável questionar isenção do governo
Andréia Sadi e Gabriel Mascarenhas – Folha de S. Paulo
BRASÍLIA - O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse nesta quinta (5) que o Ministério Público "insistiu" em perguntas sobre Aécio Neves (PSDB-MG) com o doleiro Alberto Youssef.
Em em troca de redução de pena, Youssef falou a procuradores sobre o envolvimento de políticos com esquema de corrupção na Petrobras.
Na quarta, a Folha revelou que o procurador-geral, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal Federal o arquivamento de pedido de inquérito contra Aécio por citações na Operação Lava Jato.
O tucano contratou o criminalista quando surgiram especulações, há uma semana, de ele poderia estar na lista.
"Youssef não queria responder, pois não sabia de nada. Apenas tinha ouvido o [ex-deputado] José Janene falar. E ouvir dizer não é nada. É ilegal esta postura. Delação tem que ser voluntária, não pode ser dirigida contra", criticou Kakay, que atuou para Youssef no início da operação.
Na delação, Youssef afirmou ter ouvido dizer que o senador tinha influência sobre negócios em uma diretoria de Furnas, no fim do governo Fernando Henrique Cardoso.
Acusações
Também nesta quinta-feira, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, rebateu acusações feitas na véspera por Aécio de que o governo atuou para incluir nomes da oposição ao governo Dilma Rousseff na lista de investigados da Procuradoria.
"É inaceitável. Posso afirmar em alto e bom som: se, no passado, governos agiam dessa maneira, (...) não nos meçam por réguas antigas, pelo que já foi", disse Cardozo.
Horas depois, Aécio soltou a tréplica. Por meio de nota, disse que Cardozo tem se comportado "cada vez mais como militante partidário e como advogado de defesa do PT do que como ministro".
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